Comemoração da Semana da Capoeira lembrada em plenário

por Assessoria Comunicação publicado 20/09/2017 14h00, última modificação 21/10/2021 08h04

Quinta manifestação cultural brasileira reconhecida pela Unesco como patrimônio imaterial da humanidade, a capoeira foi destacada na Câmara de Curitiba. Esta quarta-feira (20) dá início à 3ª Semana Municipal da Capoeira, instituída na cidade pela lei 14.592/2015, de iniciativa de Mestre Pop (PSC), vereador que abriu o debate em plenário.

"Capoeira é arte, cultura, esporte e luta. Capoeira não é religião. Religioso é o capoeirista. A capoeira é o gingado da vida, em que muita vezes caímos e temos que saber levantar", definiu Pop. O parlamentar completou que a maior parte dos praticantes são crianças e chamou a atenção para o papel da atividade no combate ao racismo e à discriminação. "Ela surgiu no século 17, através dos escravos africanos, como forma de lembrar suas origens. No Brasil, chegou a ser proibida em 1930, e só foi liberada novamente em 1937. Hoje a roda de capoeira também foi declarada patrimônio cultural imaterial da humanidade", acrescentou.

A capoeira atualmente está presente em mais de 150 países. De acordo com Pop, que no ano passado representou Curitiba em evento internacional sobre a capoeira em Paris, na França, ele ficou surpreso com o quanto a capoeira é valorizada na Europa – e, consequentemente, a cultura brasileira.

"Quero parabenizá-lo pela luta incansável pela defesa da capoeira e contra a discriminação", disse Goura (PDT). Na avaliação de Maria Manfron (PP), um aspecto importante é a inclusão de jovens de baixa renda por meio da prática. "A capoeira também foi idealizada como uma dança, porque a luta havia sido proibida", lembrou Osias Moraes (PRB). Professora Josete (PT), que encerrou o debate, opinou que "toda forma de manifestação cultural fruto de manifestação popular ainda é pouco valorizada no Brasil, principalmente se pensarmos na população negra".