Combate à dengue justificou 40 requerimentos em 2016
O combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya, já foi citado como justificativa de 40 requerimentos dos vereadores de Curitiba à prefeitura em 2016. O número mostra uma mudança no perfil das requisições de roçada de mato e recolhimento de entulhos, tradicionalmente feitos pelos parlamentares. As referências à dengue, em janeiro e fevereiro deste ano, estão perto de empatar com todas as citações ao mosquito registradas em 2015: 50 em 953 pedidos para limpeza de terrenos.
Nos requerimentos deste ano, 17 vereadores alertam para possíveis focos de dengue em diversos bairros de Curitiba, do Tatuquara ao Santa Cândida, passando por Batel, Mercês e Centro Cívico. É o caso da solicitação de Bruno Pessuti (PSC), apontando um endereço no Água Verde: “o terreno encontra-se em situação similar à de abandono, logo é necessária a notificação do proprietário ou entrada à força para remoção de possíveis focos do mosquito transmissor da dengue” (044.01540.2016).
Helio Wirbiski (PPS) alerta que a cancha de futebol de areia na avenida Capitão Leônidas Marques, por não ter drenagem, “tem alagado em razão das fortes chuvas, mas como a água não escoa, ela vira um criadouro de larvas do mosquito da dengue” (044.01335.2016). Chicarelli (PSDC) pede atenção a um lote no CIC, destinado a receber um centro cultural, que estaria “entulhado de lixo, com muita água acumulada em diversos recipientes” (044.01891.2016).
Dados oficiais
Nesta semana, durante a audiência pública de prestação de contas da Saúde, o secretário municipal César Titton confirmou casos das três doenças: dengue, zika e chikungunya (leia mais). O balanço apresentado indica a realização de 129.561 inspeções domiciliares no terceiro quadrimestre de 2015, contra 40.241 no mesmo período do ano anterior. “Em 2016, intensificamos ainda mais as ações”, afirmou.
De 13 a 19 de fevereiro, por exemplo, a prefeitura diz que a participação das Forças Armadas na operação de varredura teve visitas a 5.411 imóveis, que resultaram em 343 focos sob análise. Titton adiantou que Curitiba tem 866 espaços de maior vigilância, como as áreas junto às rodovias que cortam a cidade. “Esses pontos estratégicos são visitados semanalmente [pelas equipes da administração municipal]”, acrescentou.
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