Câmara de Curitiba realiza ação interna de combate à dengue
Bióloga da Prefeitura de Curitiba palestrou para servidores da Câmara sobre o combate aos focos do mosquito da dengue. (Foto: Bruno Slompo/CMC)
O combate à dengue foi tema de uma ação de conscientização promovida, na tarde desta terça-feira (27), pela Câmara Municipal de Curitiba (CMC). Voltado às equipes de limpeza e de manutenção da Casa, o evento foi organizado pela Escola do Legislativo Maria Olympia Carneiro Mochel e pelo setor de Gestão de Pessoas, com o apoio da Prefeitura. Servidores e funcionários terceirizados da instituição acompanharam uma palestra, ministrada pela bióloga Liana Ludielli da Silva, sobre as rotinas para eliminar os criadouros do Aedes aegypti. Além da dengue, o mosquito pode transmitir as doenças zika, chikungunya, febre amarela e febre oropouche.
“A dengue é uma doença séria, grave, que pode até matar, mas que a gente pode evitar com a limpeza, com higienização”, alertou o presidente Marcelo Fachinello (Pode), na abertura da ação interna. “Vocês são as pessoas que deixam a nossa Casa, deixam a Câmara Municipal, em todos os ambientes, em todos os setores, limpa; e a gente agradece muito pelo trabalho de vocês. Mas principalmente, neste momento, [eu gostaria de] pedir para que vocês tenham essa responsabilidade e esse cuidado”, reforçou.
Durante a palestra, a bióloga relatou que 75% dos locais onde há foco dos mosquitos da dengue, o Aedes aegypti, são residências. “Por isso a gente faz um trabalho educativo, para que cada um olhe para o seu umbigo, como se fala, porque o problema está em casa”, alertou. “Para combater, a gente precisa de todo mundo.”
Segundo os dados epidemiológicos da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), até 15 de fevereiro, Curitiba tinha 1532 notificações, isto é, casos que ainda são suspeitos; 311 casos confirmados importados, em que a contaminação aconteceu fora da cidade; e 38 casos confirmados autóctones, ou seja, locais. A palestrante apontou que esta é a situação mais preocupante, pois o número de casos autóctones, em menos de dois meses, já superou os 31 registros ao longo de todo o ano de 2023.
“Em 2023, tivemos alta dos focos em março, abril e maio. Em 2024, estamos com a alta já em janeiro por causa do El Niño, por fatores climáticos e pelos nossos esquecimentos de criadouros em casa, [com isso] temos uma maior porcentagem de focos em janeiro já”, explicou Silva. “O El Ninõ é um dos fatores para essa alta, porque tem muito calor e chuva”, fatores propícios para a propagação do mosquito, completou.
A bióloga relatou que há quatro sorotipos da dengue em circulação no Brasil, sendo que o tipo 3 é o mais comum. Os sintomas incluem dor no corpo, no fundo dos olhos, nas articulações, dor de cabeça. Algumas pessoas podem ter vômitos e diarreia. Outro sintoma característico é a febre alta, com início abrupto. “Então, nem todo mundo tem os mesmos sintomas, e existem pessoas que a gente chama de assintomáticas, que não apresentam sintomas”, observou. Silva falou, ainda, da diferença da dengue para a zika e a chikungunya.
Após a palestra, a ação institucional teve continuidade nos gabinetes e setores administrativos da Câmara de Curitiba. Com o objetivo de conscientizar vereadores, assessores parlamentares e servidores sobre a importância do combate à dengue, houve a distribuição de material gráfico informativo e a exibição de uma amostra do mosquito Aedes aegypti, que diferente do pernilongo comum é preto e rajado, com listras brancas no tronco.
*Matéria elaborada pela estudante de Jornalismo Nicole Thessing*, especial para a CMC
Supervisão do estágio e edição: Fernanda Foggiato
Revisão: Ricardo Marques
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba