Com restrições em razão da pandemia, Curitiba se despediu de Jairo Marcelino
Despedida do vereador Jairo Marcelino, no Cemitério Municipal, com restrições em razão da Covid-19. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)
Nesta quarta-feira (21) pela manhã, com os Poderes Executivo e Legislativo de Curitiba em luto oficial, o caixão com o vereador Jairo Marcelino foi posicionado na entrada do Cemitério Municipal São Francisco de Paula por guardas municipais em trajes solenes e máscaras. Com 77 anos, ele faleceu na véspera, após lutar por mais de 30 dias contra a Covid-19. Deixa esposa, 6 filhos, 13 netos e 2 bisnetos. Em 37 anos ininterruptos de Câmara Municipal de Curitiba (CMC), foi autor de 379 leis.
Em razão da pandemia do novo coronavírus, a cerimônia de despedida do decano da CMC foi breve, sem o tradicional velório. Das mãos da viúva, Vilma Marcelino, uma fotografia ampliada do vereador foi colocada sobre o caixão fechado, tornando-se o contato para onde se dirigiam as palavras, as orações e o afeto da família, dos amigos e das autoridades presentes. Pároco da Igreja de Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças, o padre Roberto Agostinho conduziu a cerimônia.
“A memória do justo permanece sempre que é lembrada. Nós te lembramos, Jairo Marcelino. Que os anjos te conduzam ao paraíso, tomem tua alma pela mão e te recebeam na luz da cidade eterna de Jerusalém. Lá, com os outros 1.400 curitibanos que perdemos [para a Covid-19], entre eles o comandante da Guarda Municipal, Odgar Nunes Cardoso, e todos os profissionais que tiveram sua vida tolhida por esse vírus que assolou a humanidade”, desejou o prefeito Rafael Greca, após pontuar que apesar das restrições sanitárias obrigatórias, Curitiba se despedia de “um irmão”, “que estava sempre pronto a ajudar quem precisasse”.
“Não tinha domingo, não tinha noite. Ele e a sua equipe estavam sempre prontos para atender a comunidade. Jairo era uma pessoa honrada, trabalhadora e honesta. Nunca tivemos nada que denegrisse a imagem deste grande vereador. Foram 37 anos dedicados à causa da cidade”, corroborou Sabino Picolo, presidente do Legislativo. Diante de 100 pessoas, que acompanharam a despedida de Marcelino, com distanciamento social, na praça em frente ao cemitério, uma salva de tiros foi disparada pela Guarda Municipal.
No entorno, uma procissão de táxis também prestou sua homenagem final a Jairo Marcelino, que por décadas representou a categoria na CMC, partindo da Câmara Municipal de Curitiba e seguindo até o cemitério no bairro São Francisco. Ônibus do transporte coletivo estacionaram ali, com o nome do vereador em vez da respectiva indicação da linha. Tendo começado a trabalhar aos 14 anos, como cobrador, depois passando a motorista, Jairo Marcelino era uma referência sobre o tema no Legislativo.
O ex-governador do Paraná, Orlando Pessuti, o deputado estadual Alexandre Curi, o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, e diversos secretários municipais e vereadores da capital estiveram na rápida cerimônia. Na véspera, pelas redes sociais, o governo do Paraná, Ratinho Júnior, também lamentou a perda do correligionário. Depois, o corpo seguiu em cortejo, apenas com a família, para cremação em Almirante Tamandaré.
Restrições eleitorais
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