Com divergências, Câmara aprova repúdio à reforma da Previdência

por Assessoria Comunicação publicado 08/05/2017 14h20, última modificação 18/10/2021 08h35

Com 14 votos favoráveis, 9 contrários e 2 abstenções, a Câmara de Curitiba aprovou uma moção de repúdio e protesto à PEC 287/2016, em tramitação na Câmara dos Deputados que trata da reforma da Previdência Social. O documento foi protocolado pela vereadora Professora Josete (PT) e assinado por diversos vereadores (060.00005.2017). A votação do requerimento foi nominal, a pedido do vereador Jairo Marcelino (PSD).

Segundo o documento da Professora Josete, a proposta do governo é “extremamente nociva à classe trabalhadora”. Em plenário, a vereadora afirmou que é possível que, com a aprovação das novas regras, muitas pessoas morram antes de conseguir se aposentar. “Já tivemos um retrocesso com a aprovação da terceirização e agora com a reforma trabalhista”, disse.

“Ninguém é contra a reforma nem de se avaliar periodicamente o equilíbrio da previdência, mas isso não pode ser feito de rompante, sem debate com a sociedade”, disse Josete. Ela também afirmou que a reforma, da forma como está proposta, prejudica mulheres e trabalhadores rurais. “Que é necessária alguma reforma, é inegável, mas não esta reforma”, acrescentou Professor Euler (PSD).

Discordando da moção de repúdio apresentada, Julieta Reis (DEM) disse que os vereadores não deveriam apresentar votos de repúdio “a coisa alguma”. “A reforma da Previdência é discutida há mais de 20 anos. O PT esteve no governo por 11 anos, não fez reforma alguma. O PT não cobrou os grandes devedores”, divergiu.

Noemia Rocha (PMDB) subiu à tribuna e garantiu que, embora o presidente da República seja de seu partido, discorda “plenamente de como [Michel] Temer chegou ao poder”. “Nossa Casa deve se manifestar sim, enquanto município temos que nos manifestar. É meu governo o PMDB, mas discordo em vários pontos na reforma e vamos aprovar a moção de repúdio”, asseverou.