Com críticas à "concorrência", vereadores defendem candidatos

por Assessoria Comunicação publicado 13/09/2016 13h05, última modificação 08/10/2021 08h52

A disputa pelo comando do Palácio 29 de Março ocupou os discursos durante o pequeno expediente da sessão desta terça-feira (13) na Câmara Municipal. Entre críticas aos adversários e elogios aos candidatos de suas chapas, vereadores comentaram a propaganda eleitoral gratuita e o debate promovido na manhã dessa segunda-feira (12) pelo jornal Gazeta do Povo entre os candidatos à Prefeitura de Curitiba que lideram as pesquisas de intenção de voto.

“O debate mostra o que muitos vereadores ficavam tentando desmentir. Curitiba está realmente sem certidão negativa [do TCE] desde 2013. Isso significa que Curitiba não pode captar empréstimos para novos projetos. A prefeitura não abastece o sistema online do Tribunal de Contas. Por esse motivo nossa cidade está parada, sem obras”, declarou vereador da oposição. Além de outras críticas ao debate, ele acusou o prefeito de estar “faltando com a verdade” no programa eleitoral e afirmou que a dívida do Município poderá chegar a R$ 2,1 bilhões no dia 31 de dezembro. “Estamos a caminho de uma grave crise depois das eleições.”

O segundo orador também falou da suposta dívida – que, para ele, será de R$ 1,8 bilhão. “Foi o governo [municipal] que mais arrecadou em toda a história de Curitiba. […] Começou com R$ 420 milhões [de dívida da gestão anterior], mas com a cidade arrumada, pintada, sem buracos. Final de ano pode ser que os servidores não recebam [salário]. Os buracos vão aumentar”, defendeu o vereador, também da oposição.

As críticas continuaram no discurso do líder da oposição, que insistiu nas “campanhas milionárias” dos dois primeiros colocados nas pesquisas eleitorais para o Executivo de Curitiba. As promessas de candidatos, argumentou, “vão endividar ainda mais” a cidade. “É uma grande irresponsabilidade o que estão prometendo na televisão, enganando a população. Chega deste tipo de mentira. E nós precisamos saber de onde estão vindo os milhões que estão abastecendo as campanhas”, acrescentou.

O líder da situação chamou o primeiro orador de “mentiroso” e defendeu a atual gestão. “Talvez o pecado do prefeito foi não ter gasto em propaganda, ter economizado mais de R$ 100 milhões em propaganda. No governo federal tivemos a Lava Jato, no governo estadual temos as operações Publicano e Quadro Negro. E na cidade de Curitiba, o que tivemos? Nenhuma denúncia de escândalo. Nenhum parente próximo ou distante acusado, denunciado ou virando réu”, alfinetou.

Restrições eleitorais
Durante o período eleitoral, nas notícias divulgadas pela Câmara de Curitiba, ficará restrita ao SPL (Sistema de Proposições Legislativas) a informação sobre a autoria das peças legislativas – projetos de lei, requerimentos ao Executivo, pedidos de informação, moções e sugestões, por exemplo. Dos 38 parlamentares atuais, 32 são candidatos à reeleição – logo restrições também ocorrerão na cobertura do plenário e das comissões temáticas, para que a comunicação pública do órgão não promova o desequilíbrio do pleito. A instituição faz isso em atendimento às regras eleitorais deste ano, pois serão escolhidos a chefia do Executivo e os vereadores da próxima legislatura (2017-2020).