Colégio de líderes será oficializado no segundo semestre

por Assessoria Comunicação publicado 25/07/2013 11h00, última modificação 17/09/2021 07h26

A Câmara de Curitiba deve oficializar, neste semestre, o colégio de líderes. O projeto de resolução que tramita na Casa e altera o Regimento Interno trata, dentre outros itens, da sua criação e regulamentação, para que atue como fórum orientador nos debates.
    
O grupo reúne lideranças do prefeito, da oposição, de blocos parlamentares e de partidos. Os dois primeiros, se o texto em tramitação não for alterado por meio da apresentação de emendas, têm direito a voz, mas não a voto.
    
O líder do prefeito, Pedro Paulo (PT), destaca que as reuniões de líderes vêm sendo realizadas com regularidade, enquanto que, até a legislatura passada, eram esporádicas. “Desejamos criar uma instituição colegiada e oficial, para a tomada de decisões coletivas, referentes a questões como o andamento das sessões, atividades da Câmara, polêmicas e balanço dos trabalhos”, afirma. “O colégio é um espaço para a Mesa Diretora e a liderança do governo ouvirem sugestões”, completa.
    
Na avaliação do presidente do Legislativo municipal, Paulo Salamuni (PV), é uma maneira de valorizar os vários blocos e partidos existentes na Câmara. “É uma forma de o líder efetivamente ganhar espaço para representar a sua bancada, ser o porta-voz da sua legenda. Enquanto o papel da Executiva é mais administrativo, as decisões tomadas pelo colégio de líderes são políticas, como a discussão de projetos, alteração do Regimento Interno, questões procedimentais das sessões plenárias e decisões maiores”, explica Salamuni.
    
Para a líder da oposição, Noemia Rocha (PMDB), esta é uma demonstração da preocupação da Câmara com o diálogo. “O que representa um momento de crescimento para esta Casa. Espero que o próximo semestre possa resultar em uma desenvoltura ainda maior de todo o grupo, com mais conversas e decisões mais efetivas com relação aos debates e propostas que beneficiem a cidade”.
    
Líder do PSC, maior bancada no Legislativo municipal, Carla Pimentel acredita que a regulamentação do colégio vai ampliar a clareza da representação partidária. “A intenção é abrir o diálogo e fazer com que a proporcionalidade seja colocada de maneira mais efetiva. O PSC permanece com a postura independente”, diz a parlamentar.
    
O vereador Valdemir Soares, que representa o bloco parlamentar formado por sua legenda, o PRB, e o PSL, destaca a liberdade do grupo. “Avalio de forma positiva o colégio de líderes, sem dúvida um avanço para, de forma direta e democrática, resolvermos questões pontuais do dia a dia do parlamento, poderemos tomar decisões coletivas sobre mudanças administrativas e regimentais que antes eram tomadas somente pela mesa diretora ou por outros pequenos grupos”.
    
Composição

O órgão colegiado teria, além de Pedro Paulo, Noemia, Carla e Valdemir, os seguintes líderes de partido: Aldemir Manfron (PP), Cacá Pereira (PSDC), Cristiano Santos (PV), Felipe Braga Côrtes (PSDB), Helio Wirbiski (PPS), Jorge Bernardi (PDT), Professora Josete (PT) e Tico Kuzma (PSB). Em relação aos blocos, participariam, ainda, Chico do Uberaba (PMN-PSD) e Pier Petruzziello (PTB e DEM).