Cohab e Sanepar confirmam parceria em obras do PAC

por Assessoria Comunicação publicado 25/03/2010 16h55, última modificação 29/06/2021 07h58
O grupo de vereadores destacados pela Câmara Municipal para acompanhar, fiscalizar e propor soluções para a execução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento em Curitiba reuniu-se, nesta quinta-feira (25), com representantes da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab-CT) e da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). Ambas reclamaram da escassez de mão de obra especializada e das chuvas, responsabilizando os dois fatores por eventuais atrasos na entrega dos imóveis destinados à população que antes vivia em áreas irregulares. A reunião foi conduzida pelos vereadores Pedro Paulo (PT) e Julieta Reis (DEM), além de contar com a presença do presidente da Associação de Moradores da Vila Belo Ar, Mário Vargas.
"Fora as chuvas de setembro a fevereiro, a Cohab também tem enfrentado a falta de insumos para as obras de habitação popular e regularização fundiária", explica o arquiteto João Carlos Fontoura, diretor de obras da companhia. Ele conta que as olarias, por exemplo, tiveram problemas com a umidade no período para fazer os tijolos necessários para o abastecimento de Curitiba e região. Acompanhado do engenheiro Reinaldo Serta, gerente de obras da Cohab, Fontoura elogiou o relacionamento da companhia com a Sanepar e com a Companhia Paranaense de Energia (Copel). A boa parceria entre os órgãos públicos foi confirmada pelo gerente de projetos e obras da Sanepar, Manoel Mussi Augusto, que destacou a importância das obras para a melhoria da rede de esgoto da capital. Com Manoel Mussi, vieram à reunião na Câmara o gerente geral da Região Metropolitana de Curitiba, Antonio Carlos Gerardi, o coordenador regional de Meio Ambiente, Arion Garcia da Silva, e o coordenador da Regional Norte, Roberval Biscaia. A meta para a conclusão das obras do PAC Habitação em Curitiba é dezembro deste ano, havendo a possibilidade das obras de saneamento estenderem-se até 2011.
Canteiros de obras
Cohab e Sanepar concordaram que o momento é propício ao setor da construção civil, com um grande número de obras sendo executadas em Curitiba e região metropolitana por conta de investimentos com recursos municipais, estaduais, da União e de órgãos internacionais. "Há muitos anos não víamos tantos canteiros de obras ocorrendo simultaneamente. O serviço público não estava preparado para dar conta de tudo isso. Falta gente capacitada e estrutura administrativa", diz Fontoura. Manoel Mussi dá o exemplo dos serviços de topografia, que a Sanepar precisa contratar antes de iniciar as obras de saneamento. "Temos muito trabalho e faltam topógrafos hoje para atender a nossa demanda", alerta o gerente da companhia. Eles destacaram que as obras na refinaria Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, absorveram uma boa parte dos trabalhadores do setor e que a falta de profissionais não é sentida só na capital, mas no interior também, pois há obras de habitação popular, regularização fundiária e infraestrutura por todo o Paraná. "Nesse quadro geral, nós não temos como trazer pessoas da região metropolitana para as nossas obras, pois eles já estão ocupados lá", explica Manoel Mussi. A Sanepar possui 63 atividades em curso na Grande Curitiba, sendo o PAC Saneamento somente uma delas.
A Cohab está igualmente atarefada. São cerca de 40 canteiros de obras em toda a capital, mobilizando recursos da ordem de R$ 1 bilhão, dos quais R$ 100 milhões são do PAC Habitação. "É como sair do artesanato e entrar para a construção civil", resumiu a vereadora Julieta Reis, diante do panorama desenhado pelas duas companhias. "As obras estão com o seu andamento correto, já entregamos 40% do previsto e trabalhamos com a meta de concluir a execução desses recursos até o final do ano", afirmou Fontoura. Os vereadores Algaci Tulio (PMDB) e Jonny Stica (PT) também acompanharam a reunião.
Parceria
O presidente da Associação de Moradores da Vila Belo Ar, Mário Vargas, solicitou da Cohab mais atendimento às famílias que já foram realocadas para as moradias Monteiro Lobato III, no Tatuquara, e uma previsão de mudança para as outras 74 que ainda residem na vila. "No estatuto da associação diz que é nossa obrigação promover o bem-estar da comunidade e eu não vou fugir da regra. Nós estamos aguardando uma posição da Cohab sobre as famílias que ficaram, pois não podemos deixar que elas se mudem para enfrentar as mesmas dificuldades do pessoal que já está no Monteiro Lobato. Somos parceiros da Cohab há quatro anos e esperamos que isso continue assim, com muito bom-senso de ambas as partes", afirmou Vargas. Os representantes da Cohab e os vereadores agendaram uma nova reunião para a segunda semana de abril, a fim de esclarecer junto à comunidade dúvidas sobre o processo de realocação e encontrar melhorias para os que já estão residindo no Tatuquara.