Engajando cerca de 70 mil pessoas entre equipes e torcedores, o torneio de futebol amador Taça das Favelas pode ser incluído no calendário oficial de eventos da capital do Paraná nesta terça-feira (13). O projeto de Dalton Borba (PDT) e Marcelo Fachinello (PSC) será votado pelos vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) em primeiro turno, após ganhar o aval das comissões de Constituição e Justiça e de Educação, Turismo, Cultura, Esporte e Lazer (005.00013.2023).

Realizado pela Cufa (Central Única das Favelas), com a produção da InFavela, empresa da Favela Holding, o torneio é anual, com início no mês de junho e duração de quatro meses. A primeira competição foi organizada no estado do Rio de Janeiro, em 2012. No Paraná, o evento chegará à quarta edição neste ano. Em 2022, as finais das categorias masculino e feminino foram disputadas no estádio Vila Capanema, no mês de outubro, com a vitória dos jogadores da Dona Cida e das competidoras do Bairro Novo.

O projeto prevê a parceria do Poder Público com empresas e com a sociedade civil para a divulgação da atividade desportiva, que é tida como a maior do seu tipo no mundo. Borba e Fachinello explicam que o foco do campeonato é mudar a realidade de jovens e crianças das comunidades, que, muitas vezes, “não teriam acesso ao esporte de qualidade e nem a outras questões disponibilizadas nos jogos”. "A organização oferece, antes dos jogos, workshops sociais para jogadores e técnicos, que vão do cuidado com a alimentação até a educação financeira", completa a proposição.

Artista Vidreiro

Completando a relação de projetos de lei que estreiam em plenário na semana que vem, na terça-feira, além da Taça das Favelas, os vereadores de Curitiba discutirão a criação do Dia Municipal do Artista Vidreiro, a ser celebrada anualmente na data de 21 de junho (005.00180.2022). A iniciativa é do vereador Leonidas Dias (Solidariedade), que apresentou o projeto de lei em sintonia com a Organização das Nações Unidas (ONU), que declarou 2022 como o Ano Internacional do Vidro.

Em comemoração à proposta da ONU, no ano passado foi realizado, no  Museu Municipal de Arte (Muma), aqui em Curitiba, de forma inédita no país, o primeiro Salão de Artes em Vidro do Brasil. “Participaram artistas classificados de nove estados brasileiros, com ampla repercussão na mídia e recordes de público no Muma”, comemorou Dias.

O vereador também destaca a presença internacional da artista curitibana Désirrè Sessegolo como um dos fatores de avanço dessa arte na capital do Paraná, impulsionada pela Fundação Cultural de Curitiba. No ano passado, Sessegolo expôs a instalação “Amazzonia”, sobre o tema da sustentabilidade, em Veneza, durante a Italian Glass Week (Semana Italiana de Vidros). “O primeiro grupo de artistas vidreiros do país foi formado em Curitiba, há 13 anos”, aponta Leonidas Dias na justificativa da proposição.