CMC sedia encontro do Fórum Municipal de Economia Solidária
Na tarde desta segunda-feira (6), a Câmara Municipal sediou uma reunião pública que foi o primeiro encontro do Fórum Municipal de Economia Solidária. A iniciativa do encontro foi da vereadora Professora Josete (PT), para quem o momento é de reorganização de entidades e pessoas que trabalham com a economia solidária. “Nesse primeiro encontro dos representantes do Fórum após a pandemia, é necessário que haja entendimento quanto às principais demandas das categorias que trabalham neste novo setor que é o da economia solidária”, afirmou a vereadora.
Entidades e pessoas que atuam no âmbito da economia solidária estiveram presentes à reunião, como os coletivos Simbiose, Utopia e Cefúria. Também compareceram As arteiras, o Coletivo Mandala, Mãos Criativas, Associação Utopia, Central Copasol, Pró-Ser Feliz, Tata Esfirras, Tecsol, Costurando Sonhos, Colméia das Artesãs, UTFPR e UFPR.
Inicialmente, questões de ordem prática e avisos foram mencionados pelos que estavam presentes à reunião. Uma delas foi a definição de que os encontros do Fórum de Economia Solidária sempre serão realizados na primeira segunda-feira de cada mês. Em seguida, os representantes das entidades passaram a expor as demandas e, entre elas, a que mais teve destaque foi a determinação de um local para a realização de feiras do setor na cidade. Luis Alves Pequeno, da Associação Utopia, lembrou que, desde 2016, a cidade de Curitiba conta com uma legislação específica sobre o tema economia solidária.
A maior participação de mulheres também foi citada como uma realidade da economia solidária. “Quando as pessoas pensam no assunto economia solidária, é mais comum haver uma imediata associação do termo a áreas como artesanato, costura e alimentação, mas, já há algum tempo, outras atividades profissionais estão sendo incorporadas ao conceito. Um exemplo é do indústria metalúrgica, na qual já se tornou mais comum a presença de mulheres”, disse Luis Alves Pequeno. Neste sentido, foi ressaltada a importância dos cursos técnicos para a qualificação e aprimoramento dos que estão na área ou pretendem ingressar.
Revisão da legislação
Outra questão associada à participação de mulheres em atividades da economia solidária foi a abertura de linhas de créditos por iniciativa de instituições bancárias. “É o caso do Banco do Brasil, que já teve essa iniciativa em outras oportunidades”, disse Pequeno, que salientou o fato de que essa possibilidade poderia ser viabilizada por outros bancos. No dia da Mulher, uma das frentes femininas que estarão no ato público na Praça Santos Andrade será a a das Mulheres da Economia Solidária. “Estaremos lá com uma bandeira que tem por mote as palavras: terra, teto, trabalho e democracia”, afirmou Luis Pequeno.
Durante a reunião, ficou estabelecido que algumas demandas têm prioridade: esclarecimento sobre a legislação específica e a determinação para que membros do Fórum representem a categoria nas esferas estadual e federal. Para Luiz Pequeno, a legislação foi aprovada em 2016, em um contexto diferente do atual, anterior à pandemia. “É necessário que essa lei seja revista e que a criação de um fundo destinado às necessidades da categoria seja levada em consideração de forma concreta”, ressaltou Pequeno, que atua junto ao mandato da vereadora Professora Josete.
Outra ação foi o mapeamento dos empreendimentos que foi realizado em todo país e o aporte de recursos para empreendimentos em economia solidária. O mapeamento dos coletivos e atividades que se valem da economia solidária também foi apontado como uma necessidade para a compreensão da realidade dos que atuam na economia solidária em Curitiba. Todos concordaram com a importância de se ter uma legislação vigente sobre o tema, mas as formas de fiscalização foram questionadas. “Precisamos entender a lei para que possamos definir de modo preciso nosso papel e de que forma podemos cobrar autoridades quanto aos nossos direitos”, frisou Luis Pequeno.
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