CMC melhorou planos de carreira de Curitiba, comemoram vereadores
“É chegada a hora de descongelar [os planos de carreira] e de os servidores voltarem a crescer nas suas carreiras. Aprovamos projetos de lei que possibilitam a retomada das carreiras dos mais de 25 mil servidores públicos que estão na ativa, trabalhando para melhorar a vida das pessoas na nossa cidade”, comemorou Tico Kuzma (PSD), líder do governo na Câmara Municipal de Curitiba (CMC). “São planos que conciliam sustentabilidade financeira e a valorização dos servidores públicos”, destacou o parlamentar. Confira aqui as conquistas dos planos aprovados pelos vereadores.
“Todos avanços foram conquistados pelo trabalho de todos, dos vereadores, dos servidores, dos sindicatos e também do Executivo, que sempre esteve aberto a ouvir as demandas e tentar avançar. Quero agradecer ao prefeito, Rafael Greca, e ao vice, Eduardo Pimentel, que lideram a gestão da cidade e escolheram secretários competentes e comprometidos com a causa pública”, disse Kuzma. “Agradeço também a participação ativa do nosso presidente da CMC, vereador Marcelo Fachinello [Pode], em todas as reuniões, aqui e na prefeitura”, continuou o líder, agradecendo nominalmente também Bruno Pessuti (Pode), Serginho do Posto (União) e Mauro Ignácio (União).
“Os projetos se sustentam em diversos pilares: que a carreira deve ser orientada pelas necessidades dos cidadãos, que os avanços devem ser consequência da qualidade do seu trabalho, sendo um prêmio pela entrega de bons serviços à sociedade, que a evolução salarial deve acontecer no curso de toda a vida funcional do servidor e que a responsabilidade fiscal é o fundamento básico dos planos”, concluiu Kuzma. Sobre as divergências com a oposição sobre os substitutivos gerais, disse que houve “tropeços”, mas que os avanços foram maiores que os problemas.
“Tivemos avanços a partir da mobilização das servidoras e servidores. Deixamos nosso respeito aos sindicatos, que foram guerreiros e que conseguiram avanços a partir da sua mobilização”, posicionou a vereadora Professora Josete (PT), que em vários momentos condenou falas contrárias à atuação dos sindicatos do funcionalismo. “Os sindicatos são pontes, eles auxiliaram a base a fazer a discussão com a prefeitura, trazendo as demandas, sem eles teria sido impossível a negociação. A base fez um bom trabalho, mas ontem poderíamos ter tido mais tempo para avançar nos acordos”, avaliou a líder da oposição, Giorgia Prates - Mandata Preta (PT).
Para Serginho do Posto, “a construção de emendas aconteceu da melhor forma possível, pois foi estabelecido diálogo franco”. “A base se esmerou e o debate com a oposição se deu de forma urbana”, disse, já no final das votações. O vereador Mauro Ignácio insistiu na tese que os novos planos de carreira são o começo de um novo capítulo para o funcionalismo, que agora terá meios de retomar negociações com o Executivo. “O ex-prefeito Gustavo Fruet tinha aprovado planos bons, mas que não tinham viabilidade financeira [e acabaram congelados no Plano de Recuperação Fiscal]”, avaliou o parlamentar. Dalton Borba (PDT) reconheceu que “as emendas trouxeram avanços” e Ezequias Barros (PMB) chamou de “momento importante” os elogios de Josete e Giorgia Prate ao trabalho dos vereadores da base.
“Nós chegamos a projetos melhores que os protocolados e quem sai ganhando são os funcionários públicos, que recuperaram o plano de carreira e agora têm de volta a perspectiva de melhorar sua vida funcional. O Magistério foi determinante, teve uma atuação corajosa e foi para as ruas. Devemos querer que os trabalhadores tenham bons salários, com casa própria e sem medo do futuro, pois a vida digna deve ser o horizonte”, defendeu Angelo Vanhoni (PT), que também elogiou as lideranças da CMC pela coordenação das negociações.
Alexandre Leprevost (Solidariedade) seguiu parabenizando Fachinello e Kuzma pela condução das negociações, destacando que “a grande maioria dos vereadores trabalhou pelas melhorias conquistadas”. Todos fizemos o melhor para os servidores. A participação dos sindicatos é importante, pois nos faz ver algo que não tínhamos enxergado, mas fazer terrorismo com os vereadores tem o meu repúdio. Quando estamos em diálogo, é positivo. Quando vira discurso politiqueiro, é negativo”, comentou o vereador.
A crítica coincide com o comentário de Rodrigo Reis (União), que acusou sindicatos de sectarismo ao não dialogarem com os vereadores da base tão cordialmente quanto faziam com parlamentares da oposição. “Tem pessoas que não entendem que temos que negociar com todos representantes que aqui estão. Ontem, quando cheguei aqui na frente, fui tentar conversar com os professores e fui xingado por militantes. Sofremos agressões desnecessárias. Dizer que trabalhamos contra os servidores é uma vergonha, é cara de pau dos sindicatos”, disse o vereador. Reis afirmou haver “militantes infiltrados” nos manifestantes que acompanharam as votações na CMC.
Contemporizando, Tico Kuzma reafirmou que o momento é o de “viabilizar o real e o possível, com precisão técnica e a devida responsabilidade administrativa". “Buscamos conciliar os pedidos com a sustentabilidade administrativa. [Os substitutivos e as emendas] são um aumento significativo em relação aos projetos apresentados no ano passado e em relação aos protocolados no primeiro semestre”, defendeu a liderança do governo. “É importantíssimo os servidores saberem que há um item, nos textos aprovados, que permite, se houver disponibilidade financeira, que o Município extrapole os índices colocados [de 40% para o crescimento horizontal e de 20% para o vertical]. Basta ter o recurso”, concluiu.
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