CMC inclui celebração da Paixão de Cristo em calendário oficial
por Claudia Krüger
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publicado
22/04/2020 15h10,
última modificação
22/04/2020 15h10
A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou, na sessão plenária virtual desta segunda-feira (20), a inclusão da celebração da Paixão de Cristo no calendário oficial do município. O projeto foi acatado por unanimidade, com 30 votos favoráveis, e estabelece a celebração anual na sexta-feira que antecede a Páscoa, chamada de Sexta-Feira Santa (005.00116.2019).
De acordo com a proposta, iniciativa de Bruno Pessuti (Pode), Geovane Fernandes (Patriota), Jairo Marcelino (PSD) e Marcos Vieira (PDT), fica o Executivo autorizado a organizar eventos junto a entidades públicas, privadas e organizações sem fins lucrativos. A medida precisa ser confirmada em segundo turno, na sessão da quarta-feira (22), e entrará em vigor na data da sua publicação no Diário Oficial do Município.
Segundo Geovane Fernandes, o teatro Amor em Cena, do Santuário São Francisco de Assis foi fundado em 2005, mas apenas em 2013 é que a Fundação Cultural de Curitiba (FCC) passou a ajudar com a concessão do palco no Centro Poliesportivo Xaxim, atendendo hoje um público de mais de mil pessoas. “Quando não está no calendário oficial da cidade, a burocracia é muito grande. E fica difícil porque tem que mandar diversos ofícios para diferentes órgãos para poder viabilizar a apresentação e integrar a programação da Paixão de Cristo em Curitiba”, afirmou.
Bruno Pessuti ressaltou que diversos grupos teatrais comunitários ganharam notoriedade na celebração da Paixão de Cristo, como o caso do Adorarte, que realiza espetáculos no Centro Cultural Vilinha do Bairro Alto, por meio da Paróquia Maria Mãe da Igreja. Para ele, prestigiar este tipo de evento é fomentar a criação do chamado eixo da paz, ressaltando a vocação de Curitiba para promoção da paz. “A Paixão de Cristo representa o amor ao próximo, a sabedoria de se conseguir viver em harmonia”, disse. No ano passado, o grupo Arte e Vida, no Bairro Novo, reuniu 12 mil pessoas, destacou Marcos Vieira (PDT).
Em aparte, Tico Kuzma (Pros) questionou se a lei que está sendo discutida atualmente não se sobrepõe à lei municipal 12.656/2008, que também inclui no calendário de eventos a encenação da Paixão de Cristo anualmente, na Semana Santa. A isso, Geovane Fernandes argumentou que o pedido atual para criação da lei partiu da Fundação Cultural de Curitiba. Os vereadores Jairo Marcelino, Maria Manfron (PP) e Mauro Ignácio (DEM) também discutiram a matéria.
Demais projetos
A Câmara Municipal também aprovou em primeiro turno outros dois projetos de lei, que precisam de confirmação na sessão da quarta-feira, para então serem encaminhados à sanção do prefeito. Um deles é iniciativa da vereadora Julieta Reis (DEM) que indicou o nome de João Mario Istrioski para um dos logradouros públicos de Curitiba ainda não nominados (009.00005.2019). Funcionário da Fundação de Curitiba (FCC) desde 1982, exercia a chefia do núcleo regional de Cultura da CIC, quando do seu falecimento. “Uma pessoa muito querida por todos os servidores do setor cultural”, exaltou Julieta. A matéria recebeu 36 votos favoráveis.
Por unanimidade, com 30 votos positivos, o plenário acatou a proposição de Noemia Rocha (MDB) que concede a utilidade pública à Associação Beneficente Educacional Cajuru (014.00044.2019). De acordo com a vereadora, a entidade, entre outras atividades, presta atendimento psicológico gratuito a crianças e adolescentes de 6 a 17 anos em situação de vulnerabilidade social. Noemia pediu apoio dos demais parlamentares na indicação de emendas à instituição para que possa ampliar o atendimento que ocorre no Cajuru para outras regiões da cidade.
Adiamento
Por solicitação do líder do prefeito na Casa, vereador Pier Petruzziello (PTB), foi admitido pelo plenário o adiamento por 30 sessões plenárias a apreciação, em segundo turno, da proposição que estabelece o selo Consciência Coletiva destinado a restaurantes, food trucks, bares, ambulantes, quiosques, hotéis, motéis, hotéis e similares que aderirem ao uso de canudos e copos de papel ou reutilizáveis (005.00127.2019). A iniciativa, que foi assinada por diversos vereadores, foi postergada para a avaliação de pontos do texto, como a obrigatoriedade do Executivo em fazer a certificação desses estabelecimentos e a entrada em vigor da lei, determinada a partir da sua publicação no Diário Oficial. A proposta foi acatada em primeira discussão no dia 18 de março (leia mais).
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