“Gratidão e alegria são as razões de estarmos aqui hoje e muitos são os agradecimentos, a começar por Deus, que nos concedeu força e perseverança para continuar o sonho de João Bagozzi”, disse o padre Giovani Batista, superintendente do Colégio João Bagozzi durante a solenidade promovida pela Câmara Municipal em homenagem aos 60 anos de fundação desta entidade.

A sessão solene, realizada na noite desta terça-feira (8), por iniciativa do vereador Tito Zeglin (PDT), contou com a presença do vereador Ailton Araujo (PSC), presidente da Casa, de Tico Kuzma (PROS), ex-aluno da instituição e também do ex-vereador Celso Torquato, representando o prefeito Gustavo Fruet.

Em sua saudação, Tito Zeglin destacou que o Colégio João Bagozzi sempre pautou sua postura educacional nos valores da ética cristã proposta pelo padre José Marello, fundador da Congregação dos Oblatos de São José, na Itália, em 1878. “Sede extraordinários nas coisas ordinárias”, dizia Marello, que foi canonizado em 2001 pelo Papa João Paulo II, conforme lembrou Zeglin. “João Bagozzi”, destacou o vereador,  “levou a sério o conselho do padre Marello e, com muito esforço, deu início em 1955 ao colégio que hoje leva seu nome”.

“Quero salientar que a decisão de homenagear a passagem dos 60 anos do Colégio Padre João Bagozzi obteve aprovação unânime entre os vereadores”, afirmou o proponente da homenagem. Zeglin também lembrou que nesta mesma data se comemoram o dia da Imaculada Conceição da Virgem Maria e o Dia da Família, instituído em 1963, pelo então presidente João Goulart.

Para Ailton Araujo, que presidiu a cerimônia, “a homenagem promovida pela Câmara é extensiva a todos os alunos, ex-alunos, colaboradores e todos os frutos "bagozzianos" que, de alguma forma, estão ligados a esses 60 anos de história”.

Agradecimentos
Padre Ailton Ferreira de Almeida, presidente da Congregação dos Oblatos de São José, mantenedora do Colégio Padre João Bagozzi, lembrou que os primeiros sacerdotes missionários desta ordem religiosa chegaram ao Brasil em 1919. Em 1928, a Congregação assumiu a paróquia de Bom Jesus do Portão, no bairro de mesmo nome. “Em 1951, Bagozzi tornou-se pároco dessa igreja e, no dia 8 de dezembro de 1955, inaugurou a escola que contava então com apenas três salas”, lembrou padre Ailton.

“Sua morte por atropelamento em 12 de outubro de 1960 foi um choque para toda Curitiba, mas não significou o fim do seu sonho. Hoje o colégio que leva seu nome é reconhecido pela qualidade de ensino. A instituição não só se manteve como foi ampliada em 2001, com a inauguração da Faculdade João Bagozzi, que oferece cursos de graduação e pós-graduação”, explicou o presidente da Congregação.

O padre Giovani Batista, superintendente do Colégio João Bagozzi, lembrou as palavras do imperador e filósofo romano Marco Túlio Cícero, para quem “nenhum dever é mais importante que a gratidão”. De acordo com ele, “gratidão e alegria são as razões de estarmos aqui hoje, e muitos são os agradecimentos, a começar por Deus, que nos concedeu força e perseverança para continuar o sonho de Bagozzi”.

“Somos conscientes de que nada se constrói sozinho. Reconhecemos a dedicação e a sinergia de todos os educadores que marcaram presença em nossa escola ao longo desses 60 anos”, afirmou.

O diretor do Colégio João Bagozzi, professor Walter Sérgio Stavitzki, destacou que nos últimos anos o colégio adotou na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio o programa “Escola da Inteligência”, proposta do educador Augusto Cury. “Acreditamos que o programa torna nossos alunos mais aptos às promessas e desafios do amanhã”. Ele destacou que nos anos 90, o colégio chegou a contar com seis mil alunos e, em 2002, a instituição foi acrescida de uma faculdade. “Não chegaríamos aos 60 anos sem o apoio de todos os nossos colaboradores e alunos”, defendeu Stavitzki.

A cerimônia teve a participação do Quarteto Iguaçu e Orquestra, grupo musical que desenvolve o projeto Cordas do Paraná, beneficiando centenas de crianças e adolescentes no que diz respeito à musicalização.