CMC encaminha moção de apoio ao juiz federal Sérgio Moro

por Assessoria Comunicação publicado 25/11/2014 14h50, última modificação 28/09/2021 07h21

A Câmara Municipal encaminhou à sede da Justiça Federal - Seção Judiciária do Paraná (JFPR), nesta terça-feira (25), uma moção de apoio e solidariedade (059.00017.2014) ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela condução do processo relativo às investigações promovidas pela Polícia Federal na “Operação Lava Jato”. Para o vereador Chico do Uberaba (PMN), autor da proposta de moção, “é necessário o registro de que a Câmara Municipal de Curitiba apoia medidas moralizadoras de combate à corrupção e à lavagem de dinheiro, e não se curva a nenhuma manobra contrária à democracia”.

De acordo com o texto de justificativa do requerimento de moção de apoio, Sérgio Fernando Moro, que é juiz federal lotado na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, vem sofrendo tentativas de desqualificação do seu trabalho (e de sua pessoa), por parte da defesa dos acusados da “Operação Lava Jato”. O documento destaca uma nota da revista Veja dessa semana: “os defensores (dos acusados da Operação Lava Jato) estudam meios de impugnar o juiz sob a acusação de que teria coagido o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef a tentar a delação premiada”.

“Qualquer ação tomada com o fim de desqualificar sua pessoa deve ser combatida e repudiada em todas as suas formas. A atuação do juiz Sérgio Moro, que também é professor e pesquisador, sempre foi impecável no combate à corrupção e especialmente nos crimes de lavagem de dinheiro”, afirma o vereador Chico do Uberaba.

A justificativa do requerimento traz o currículo do magistrado, que é especialista em crimes financeiros, de lavagem de dinheiro e praticados por grupos criminosos organizados, com mestrado e doutorado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Moro também frequentou o “Program of Instruction for Lawyers”, ministrado na Harvard Law School, localizada em Cambridge, Massachusetts, nos Estados Unidos.

Banestado

Sérgio Moro foi o juiz responsável pela condução do julgamento pertinente às impropriedades relacionadas ao banco Banestado, durante a segunda metade da década de 1990. O julgamento, que se estendeu de 2003 a 2007, condenou 97 doleiros que enviaram U$ 28 milhões ao exterior por meio de uma agência do  Banestado. Um destes doleiros condenados à época era Alberto Youssef, preso desde 17 de março desse ano em razão de seu envolvimento com as práticas denunciadas pela Operação Lava Jato, promovida pela Polícia Federal.