A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) divulgou, na sessão plenária desta terça-feira (22), as Políticas de Uso e Moderação das Redes Sociais. Desenvolvido pela Diretoria de Comunicação Social, pedido da Mesa Diretora, o documento com as diretrizes para a publicação de conteúdo e para a interação nas plataformas digitais pode ser acessado no website institucional (saiba mais). “São normas tanto para quem opera, quem está trabalhando com as publicações institucionais, como para quem participa pelos chats, pelos comentários dos posts”, explicou o diretor de Comunicação, Filipi Oliveira.

Na apresentação do documento, Oliveira destacou o papel dos canais digitais para o trabalho do Legislativo: “Não temos dúvida da importância que têm hoje as mídias sociais na transparência e no diálogo com a sociedade”. As diretrizes, afirmou ele, foram definidas com base em um tripé. A primeira premissa é a comunicação pública com transparência e isonomia entre os partidos políticos e vereadores, além do caráter institucional das publicações e serviços. 

A segunda, a participação popular, “incentivando as pessoas que participem ativamente da vida política e pública da cidade”. “E o terceiro ponto é a educação e conscientização políticas. Nós defendemos que as pessoas se interessem por política, que elas acompanhem e fiscalizem os agentes públicos, os órgãos públicos, para que a gente tenha uma sociedade melhor, mais participativa, mais igualitária e mais justa”, acrescentou o servidor. 

As redes sociais

Para dialogar com a sociedade, o Legislativo está presente no Instagram, no Facebook, no Twitter, no YouTube, no Flickr, no TikTok e no Spotify. São divulgados, no Instagram, os destaques das sessões plenárias, projetos de lei, agenda da semana, campanhas institucionais e bastidores da Câmara, por exemplo. 

No Facebook, no Twitter e no YouTube institucional, além da publicação de conteúdos diversos, é feita a transmissão das sessões plenárias, audiências públicas e demais atividades da CMC, com chat ao vivo. O Legislativo possui outro canal no YouTube, para veicular sessões de abertura de licitações. 

O Flickr é um banco com mais de 40 mil imagens da Câmara e dos vereadores das três últimas legislaturas, enquanto o Spotify possui entrevistas e podcasts sobre a história da cidade. O “caçula” das redes sociais é o TikTok – com uma linguagem mais descontraída, o @pizadadecuritiba possui vídeos direcionados ao público jovem. O perfil busca entreter, mas também informar sobre a política. 

“Lembrando que o público-alvo da Câmara Municipal de Curitiba é a cidade inteira. Ou seja, esses produtos podem ser variados. A gente tem produtos diferentes, temos canais diferentes, com linguagens diferentes, para aproximar e atrair mais pessoas”, observou o diretor de Comunicação. “Destaco aqui que o Poder Legislativo pode utilizar linguagens menos formais, e caso ocorra alguma situação não prevista, a administração da página se reserva ao direito de solucionar possíveis dúvidas." 

A moderação

“Toda e qualquer informação publicada é pública. Ao publicar um dado, o usuário assume a integralmente responsabilidade, ciente que a informação pode ser vista por outras pessoas”, declarou Filipi Oliveira. Os chats das sessões plenárias, audiências públicas e demais atividades, ponderou, além de comentários em postagens, entre sugestões, dúvidas, elogios e criticas, “são espaços para opiniões e debates construtivos”, com regras básicas. 

O que não é permitido, conforme legislações federais: anonimato, palavras de calão, discriminação, ofensas, difamação e qualquer conteúdo inapropriado, que viole os padrões da rede social ou legais. Também é vedada a publicação de material publicitário, flood (mensagens iguais e sucessivas) e spam (lixo eletrônico). 

“Inclusive deixamos uma mensagem fixa [no chat, que serão excluídos comentários para desqualificar, ameaçar ou ofender as pessoas]”, completou o servidor da CMC. “Quem acha ainda que a internet é uma terra sem lei está completamente equivocado. Em caso dessas incidências, nós avisamos o usuário e a mensagem pode ser excluída.” Em caso de reincidência, o usuário pode ser silenciado ou até bloqueado. 

“Críticas podem ser feitas, sem dúvida”, pontuou, desde com respeito e responsabilidade. “O documento está público e ele se configura justamente por regras de convivência de uma sociedade mais harmoniosa, plural e democrática”, reforçou. O diretor ainda agradeceu o apoio da Mesa Diretora e o trabalho da equipe da Diretoria de Comunicação. 

“Então ficam registradas, a partir de hoje, as Políticas de Uso e Moderação das Redes Sociais da Câmara Municipal de Curitiba”, disse o presidente da Casa, Tico Kuzma (Pros). “Nesta quinta-feira [24] teremos uma reunião do Colégio de Líderes, também com a participação do Filipi, nosso diretor, para tirar alguma dúvida que porventura os vereadores tenham.” 

Além de Tico Kuzma, integram a Mesa Diretora: Alexandre Leprevost (Solidariedade), primeiro vice-presidente; Tito Zeglin (PDT), segundo vice-presidente; Flávia Francischini (PSL), primeira-secretária; Professora Josete (PT), segunda-secretária; Professor Euler (PSD), terceiro-secretário; e Mauro Ignácio (DEM), quarto-secretário.