O calendário oficial de eventos da capital paranaense poderá contar, a partir de 2023, com a celebração do Dia Municipal do Artista Vidreiro, na data de 21 de junho. Este é o objetivo do projeto de lei proposto por Leônidas Dias (Solidariedade), sob a análise da Câmara Municipal de Curitiba (CMC). 

O artista vidreiro é aquele que trabalha criando obras em vidro, sejam elas janelas, monumentos, tapeçarias, louças e joias, dentre outras (005.00180.2022). Em Curitiba, há mais de 13 anos, foi criado o primeiro grupo de artistas vidreiros do Brasil. Segundo o autor, graças a esforços da Prefeitura de Curitiba e da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), logo o município se tornará um polo desenvolvedor das artes em vidro. 

Leônidas Dias destaca o nome da artista curitibana Désirrè Sessegolo, que já expôs os trabalhos na Italian Glass Week (Semana Italiana de Vidros), em Veneza, na Itália. Em 2022, a artista levará para Veneza a obra “Amazzonia”, que propõe a reflexão sobre a importância da Floresta Amazônica para o planeta.

“No Ano Internacional do Vidro [2022], instituído pela Organização das Nações Unidas [ONU], foi realizado, de forma inédita no Brasil, o Salão Artes em Vidro Brasil, com participação de artistas classificados de nove estados brasileiros, ampla repercussão na mídia e recordes de público no Museu Municipal de Arte em Curitiba [Muma]”, conta o autor da proposta. 

Além disso, Dias reforça que a arte em vidro representa os preceitos de sustentabilidade, engajando-se nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados à arte, cultura, desenvolvimento econômico e acolhimento social. “Tudo isto está em Curitiba, podendo tornar-se polo irradiador de tão bela e significativa atividade artística e econômica”, finaliza o vereador. 

Caso aprovada pelos vereadores e sancionada pelo prefeito, a proposta se torna lei, passando a fazer parte do calendário oficial de eventos de Curitiba após a publicação no Diário Oficial do Município (DOM). 

Tramitação
Protocolado no dia 20 de outubro, o projeto de lei aguarda a instrução da Procuradoria Jurídica (Projuris) da CMC. Depois disso, poderá seguir para a análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). 

Caso acatada, a iniciativa passará por outros colegiados permanentes, indicados pela CCJ de acordo com o tema da matéria. As comissões podem solicitar estudos adicionais, a anexação de documentos, revisões no texto e o posicionamento de órgãos públicos. 

Concluída tal etapa, o projeto estará apto para a votação em plenário, sendo que não há um prazo regimental para a tramitação completa. Se aprovado, será encaminhado para sanção do prefeito. Se vetado, caberá à Câmara a palavra final – ou seja, se mantém o veto ou promulga a lei. 

*Notícia elaborada pela estudante de Jornalismo Sophia Gama*, especial para a CMC
Supervisão do estágio e edição: Fernanda Foggiato
Revisão: Alex Gruba