Civilização do automóvel é tema de debate nesta quarta

por Assessoria Comunicação publicado 21/09/2004 00h00, última modificação 14/05/2021 09h58

“Belos, poderosos, sofisticados e potentes, porém quase parados. Assim são os automóveis. Não colocam em prática toda a capacidade de seus motores, simplesmente porque as ruas das grandes metrópoles estão entupidas de veículos. O que se vê é a nuvem de poluentes gerados pela queima de combustíveis fósseis, que torna o ar menos respirável, e ninguém abre mão do seu carro ou se considera responsável pelo caos urbano”. A afirmação é do vereador Pedro Paulo Costa, ao fazer uso da tribuna na sessão plenária desta terça-feira (21), na Câmara de Curitiba, quando convidou os demais parlamentares da Casa a participarem do debate “A civilização do Automóvel”, a ser realizado nesta quarta-feira (22), a partir das 19h, no Anfi-100, no prédio da Reitoria da Universidade Federal do Paraná, por ocasião da Jornada Mundial da “Cidade sem meu Carro”.
Na ocasião, vai proferir conferência o assessor dos movimentos sociais e coordenador do IHU da Universidade Unisinos, de São Leopoldo, Rio Grande do Sul, professor Inácio Neutzling. O evento é uma promoção do Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores (Cetap), da Itaipu Binacional e da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Refletir sobre a cultura da civilização do automóvel e suas conseqüências, além dos problemas causados por essa mobilidade, estão entre os objetivos do encontro.
Segundo Pedro Paulo, o automóvel tornou-se um produto de bem-estar para a maioria dos habitantes dos países ricos e as pessoas já não sabem viver sem ele. “O carro e o seu uso generalizado e indiscriminado se tornaram uma ameaça para o futuro do planeta”, afirmou o vereador, acrescentando, ainda, que no encontro serão resgatadas experiências que se contrapõem à lógica do império do automóvel.
Para o vereador José Roberto Sandoval, a preocupação com a poluição gerada pelos automóveis não faz parte da cultura do povo brasileiro. “ É um tema relevante, pois está cada vez maior”, afirmou o parlamentar, acrescentando que é preciso alertar os administradors públicos para a gravidade da situação. Também se manifestaram sobre o tema os vereadores Paulo Salamuni e Julieta Reis