Circos querem manter animais

por Assessoria Comunicação publicado 30/10/2007 18h15, última modificação 18/06/2021 07h10
Representantes de diversos circos estiveram na Câmara de Curitiba nesta segunda-feira (29). Foram conduzidos pelo vereador Jorge Bernardi (PDT), para pedir que seja revisto o projeto de lei que proíbe animais em suas apresentações. De acordo com eles, se sancionada a proposta, já aprovada na Casa, os espetáculos e o sustento de muitas famílias poderão ser prejudicados.
Na tribuna, Sandro Santurion, do Vitórias Circus, em nome dos demais presentes, falou sobre o possível prejuízo artístico e da proximidade que os artistas têm com os bichos. “Os animais recebem carinho dos domadores, pois nascem no circo e passam 24 horas ao nosso lado. Jamais vamos maltratá-los”, justificou, pedindo a elaboração de lei “que não prejudique todos os circos curitibanos e as famílias circenses”. Os representantes criaram o Movimento SOS Circo, na defesa da utilização dos animais durante os espetáculos e, em contrapartida, maior fiscalização nos estabelecimentos quanto ao tratamento dado aos bichos.
Os vereadores Luis Ernesto e Nely Almeida, ambos do PSDB, relembraram a infância e idas ao circo, como primeira apresentação cultural, se colocando a favor da idéia apresentada. Com trabalho junto às crianças, Mestre Déa (PRTB) se mostrou solidário ao circo, mas frisou a necessidade de fiscalização quanto ao tratamento e treinamento dado aos animais. “Se o posicionamento de Beto Richa for o veto, com certeza a presença de vocês aqui hoje vai pesar na posterior votação em plenário”, afirmou o vereador Roberto Hinça (PDT).
Dos oito circos registrados em Curitiba, estavam presentes no Legislativo municipal representantes dos circos Cassaly, Áurea, Mágica do Circo, Le Cirque e Vitórias.