Cidade ganha Liga de Apoio ao Paciente Neurológico

por Assessoria Comunicação publicado 20/05/2009 16h35, última modificação 24/06/2021 07h48
“Hoje, garantimos uma grande conquista para a cidade de Curitiba.” A afirmação é do vereador Zé Maria (PPS), ao abrir a cerimônia de fundação da Liga de Apoio ao Paciente Neurológico (Lapden), na Câmara Municipal, na noite desta terça-feira (19). Médicos, psicólogos, enfermeiros, fonoaudiólogos e pais de pacientes prestigiaram evento, que teve o apoio do presidente da Casa, vereador João Cláudio Derosso (PSDB), e da Fundação de Ação Social (FAS). "Participar da transformação na vida das pessoas, possibilitando e resgatando a dignidade, garantindo o direito de ir e vir, para que possam se submeter a tratamento adequado são os objetivos da Liga”, disse Zé Maria. O vereador ressaltou que o Legislativo faz questão de registrar o bom trabalho que é executado em benefício da comunidade.
A Liga pretende prestar atendimento digno ao paciente neurológico, apoiando, aconselhando e encaminhando para atendimento. Também quer orientar o enfermo e o familiar onde devem ir e como chegar ao local do atendimento, melhorar a qualidade de vida através de atividades dirigidas, prestar esclarecimento quanto a direitos e como devem proceder para serem beneficiados. Visa, ainda, divulgar os cuidados que se deve ter e como manter um tratamento multiprofissional, onde o paciente possa ficar integrado.
“O diagnóstico de uma doença neurológica é muito complexo e difícil e exige preparo psicológico do paciente e de seus familiares, uma vez que, muitas vezes, não existe a possibilidade de melhoria”, disse a médica Jussara Maria Netto Khouri, acrescentando que pode ocorrer em qualquer idade e que a situação requer atitude. Na sua opinião, a Liga será benéfica para todos os envolvidos
ONU
O médico Luiz Celso Amaral destacou que 12% dos óbitos no mundo são em decorrência de doenças neurológicas. Mais de 1 bilhão de pessoas sofrem de alguma doença neurológica e esse número está aumentando, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). São pacientes com Alzheimer 24 milhões e com epilepsia, 50 milhões. “Temos que ter consciência do que cada um pode fazer, pois os números falam por si”, enfatizou o neurologista. A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou relatório a respeito, pedindo providências imediatas, pois a situação está se tornando uma ameaça para a saúde pública, difícil de controlar.