Centro para animais em risco é aprovado na Câmara de Curitiba
Os vereadores autorizaram, nesta segunda-feira (31), que a prefeitura gaste R$ 1,114 milhão do Fundo Municipal de Meio Ambiente na criação de um espaço público para tratar da saúde de animais domésticos em risco e servir como referência em campanhas de adoção (013.00004.2015). O projeto de lei orçamentária recebeu 25 votos favoráveis e uma abstenção – da líder da oposição na Câmara de Curitiba, Noemia Rocha (PMDB).
“Tento viabilizar um hospital veterinário público, em Curitiba, desde 2011”, relatou o vereador Professor Galdino (PSDB). “Encontrei muitas portas fechadas e o maior apoiador da ideia foi o prefeito Gustavo Fruet. É um avanço rumo ao biocentrismo, onde o homem deixa de ser o centro das preocupações”, disse o parlamentar, cujo mandato é identificado com a defesa animal. Ele elogiou a atual gestão da prefeitura por tirar a ideia do papel.
Galdino é o autor da emenda aprovada em plenário, que altera o nome do equipamento público de Centro de Referência de Animais em Risco para Centro de Referência de Atendimento a Animais em Risco (305.00003.2015). A sigla será mantida: Crar. O engajamento da primeira-dama, Márcia Fruet, nas causas relacionadas à defesa animal foi lembrado pelo líder e pelo vice-líder do Executivo na Câmara de Vereadores, Paulo Salamuni (PV) e Jonny Stica (PT).
“É uma demanda que vem ao encontro da vontade das ruas”, apontou Salamuni, “e que está relacionada a questões de saúde pública, de controle de zoonoses”. O líder do prefeito na Câmara adiantou que, após a construção, as despesas de manutenção do Centro de Referência serão divididas entre as secretarias municipais do Meio Ambiente (SMMA) e da Saúde (SMS).
Professora Josete (PT) lembrou da importância de conscientizar a população sobre a guarda responsável dos animais domésticos e criticou quem os abandona na rua. “Tem que trabalhar a educação das pessoas. Não basta decidir que vai ter um animalzinho, sem pensar na responsabilidade que isto exige”, alertou. Colpani (PSB), Chicarelli (PSDC) e Toninho da Farmácia (PP) também se manifestaram a favor do centro veterinário para animais em risco.
Coleta de recicláveis
O projeto de lei orçamentária aprovado também destina R$ 2 milhões do Fundo Municipal de Meio Ambiente para a instalação de 15 centros de sustentabilidade. Neste caso, 10 equipamentos seriam implantados em jardinetes e praças, destinados à coleta de 12 tipos de materiais recicláveis, como vidro incolor e colorido, papel branco, papelão, papel colorido, embalagem longa vida, plásticos, rótulos, tampas e garrafas pet, latas de alumínio e outros metais.
Cada uma dessas “Estações Tipo I” custará R$ 100 mil e as Estações Tipo II, adaptadas também para o recebimento de pequenos volumes de entulho da construção civil, sairão por R$ 200 mil. Josete, Noemia Rocha e Valdemir Soares (PRB) requisitaram o detalhamento da iniciativa, com informações adicionais sobre qual era a destinação original do dinheiro remanejado e a localização dos futuros centros de sustentabilidade.
“Alguns países já evoluíram para um sistema em que não há mais a coleta de lixo da forma como é realizada hoje, com os caminhões na rua. No Japão, as pessoas são individualmente responsáveis por essa destinação, por destinar corretamente os resíduos”, apontou Salamuni. Ele concordou com a vereadora Julieta Reis (DEM), para quem os centros são a retomada da política municipal de conscientização sobre o tema.
Aprovada em primeiro turno nesta segunda-feira, a matéria passará por nova votação na terça (1º), antes de seguir para sanção do Executivo. Salamuni informou que, após o crédito concluir a tramitação e entrar em vigor, a Prefeitura de Curitiba concluirá o planejamento de implantação do Crar e das estações - “fornecendo os dados aos vereadores”.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba