Centenas de pessoas vão às Ruínas pedir a reabertura da Pedreira

por Assessoria Comunicação publicado 14/12/2010 18h05, última modificação 01/07/2021 11h29
As Ruínas de São Francisco, no Largo da Ordem, foram palco do show A Pedreira é Nossa!, no último domingo (12). No evento, 11 bandas e cinco poetas que trabalharam com Paulo Leminski pediram adesões à campanha que pede a reabertura da Pedreira Paulo Leminski, fechada desde 2008. A campanha já conta com mais de 16 mil assinaturas. Apesar da chuva que caiu durante parte do show, cerca de 1,5 mil pessoas passaram pelo local durante as quatro horas de apresentações, iniciadas às 12h30.
“Foi uma prova de que nós, curitibanos, precisamos e queremos cultura e apresentações na cidade, na rua, em qualquer lugar. E a Pedreira, sendo um espaço público, um dos maiores símbolos culturais de Curitiba, não pode permanecer fechada”, afirmou o vereador Jonny Stica (PT), um dos idealizadores da campanha. O parlamentar se diz confiante num acordo que regulamente a volta dos eventos ao local. “Estamos na fase pericial no momento. Mas, tanto os moradores do entorno quanto os produtores já concordaram numa regulamentação para que ninguém seja prejudicado com a volta dos shows”, revelou.
Toda a produção do evento, realizada por integrantes da campanha, foi bancada com o apoio de produtores da cidade, bares, casas noturnas e artistas curitibanos. Os músicos, por exemplo, não cobraram cachê para se apresentar. “É uma causa em prol da cidade. Toda a cadeia de produção musical em Curitiba sofreu com o fechamento da Pedreira. É hora de recolocar a cidade no mapa dos grandes eventos”, contou Igor Cordeiro, vocalista da banda Supercolor e um dos participantes da campanha. “Além disso, eventos como os deste domingo, em um espaço público e gratuito, ajudam em outra deficiência da cidade, que é a formação de platéia”, avaliou.
Apresentaram-se no show as bandas Jacobloco, Loudog, R3, Supercolor, Gentileza, Anacrônica, Rosie and me e Djambi, além dos músicos Pablo Portes, Fabio Elias e Rodrigo Lemo e uma palhinha de Saul do Trompete. “É emocionante ver tanta gente reunida pedindo a volta de um espaço que ostenta o nome de um dos maiores artistas que Curitiba já teve”, diz o cartunista Solda, um dos maiores parceiros que Paulo Leminski teve.