Celular pode ser proibido a servidores nas repartições públicas

por Assessoria Comunicação publicado 05/04/2018 10h35, última modificação 26/10/2021 10h38
Começou a tramitar na Câmara Municipal de Curitiba, no dia 22 de março, projeto de lei que pretende proibir o uso de celulares pelos servidores públicos durante o horário do expediente, nos locais de atendimento à população em repartições públicas de Curitiba. A medida, proposta pelo vereador Rogério Campos (PSC), inclui smartphones e tablets, além de restringir o uso de redes sociais e de relacionamento (005.00030.2018).

Campos argumenta que a medida é necessária para “coibir atos de negligência nos atendimentos de serviços públicos”. Para ele, há um “excesso” no uso dos aparelhos de comunicação e no acesso a redes sociais. “Esse boom tecnológico está mudando os hábitos de todos e por muitas vezes sem nem perceber acaba prejudicando o âmbito profissional”, justifica.

Rogério Campos argumenta que a medida foi elaborada a partir de reclamações de cidadãos, em especial na Saúde, “que alegavam ficar aguardando muito tempo e percebiam que os servidores estavam nas redes sociais”. Ele diz que não quer “generalizar”, mas na área da Saúde, “onde o sistema trabalha engrenado”,  “se um servidor se distrai acaba atrapalhando a agilidade dos demais que não têm nada a ver com esse descuido, mas acaba levando à crítica no geral”, diz o vereador.

O texto do projeto estipula que caberá “regime de exceção” para o atendimento de ligações urgentes, ou quando o uso do aparelho servir para o “atendimento ao cidadão demandante dos serviços públicos, atendimento nos cuidados de saúde própria ou de seus familiares diretos”. “O projeto não proíbe que em caso de urgência o funcionário não possa atender ligações de forma rápida, desde que seja em situação de emergência”, frisa.

Para Rogério Campos, a medida refere-se “à questão de atenção e tempo”, o que ele classifica como “ponto alto” para obter a excelência no atendimento ao usuário. A fiscalização sobre o uso dos celulares ficaria a cargos das chefias imediatas das próprias instituições, que também serão responsáveis pela divulgação e cumprimento da norma.

Tramitação

A proposta está sob a análise da Procuradoria Jurídica do Legislativo. Após a instrução técnica, será encaminhada para a análise das comissões temáticas. Durante a análise dos colegiados, podem ser solicitados estudos adicionais, juntada de documentos faltantes, revisões no texto ou o posicionamento de outros órgãos públicos afetados pelo teor do projeto. Depois de passar pelas comissões, segue para o plenário e, se aprovado, para sanção do prefeito para virar lei. Se sancionada, a matéria entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial do Município.