CCJ avalia isenção de consumo de dados para aplicativos do EstaR

por Pedritta Marihá Garcia | Revisão: Ricardo Marques — publicado 02/10/2023 16h45, última modificação 02/10/2023 17h20
Ao todo, 10 projetos estão na pauta do colegiado, único da CMC que tem o poder de arquivar matérias.
 CCJ avalia isenção de consumo de dados para aplicativos do EstaR

Isenção do pacote de dados da internet para quem usa o aplicativo do Estar será votada na CCJ. (Foto: Rafael Mayer/CMC)

Nesta terça-feira (03), às 14h, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) promove sua reunião semanal para a análise de 10 projetos de lei que tramitam na Câmara Municipal de Curitiba (CMC). O destaque da pauta é a proposta que pretende isentar o consumo do pacote de dados de quem precisa parar um veículo nas vagas do Estacionamento Regulamentado (EstaR) da capital do Paraná. A agenda será presencial, na Sala das Comissões, com transmissão ao vivo pelas redes sociais.

Apresentada em maio deste ano, a matéria é de Jornalista Márcio Barros (PSD). “Se o Estar Digital é obrigatório, nada mais justo que seu acesso para pagamento seja garantido”, argumenta o parlamentar na justificativa da proposição (005.00092.2023). Para garantir a gratuidade do acesso ao sistema on-line do EstaR, o vereador Márcio Barros quer alterar a lei municipal 3.979/1971, acrescentando um parágrafo único no artigo 3-Bº, o qual diz, textualmente, que “o acesso e o uso dos aplicativos oficiais de estacionamento rotativo homologados pela Urbs em Curitiba será gratuito para os usuários que já tenham os aplicativos instalados em seus dispositivos”.

O texto passou pela CCJ em agosto, quando foi enviada para uma consulta à Prefeitura de Curitiba. No parecer por mais informações, à época, Rodrigo Reis (União) apontou a necessidade do Executivo explicar se a proposta legislativa “implicaria em invasão de competência exclusiva do prefeito”. Na semana passada, o projeto de lei chegou a ser incluído na pauta, mas Ezequias Barros (PMB) pediu vista e, se desejar, segundo o Regimento Interno, poderá apresentar amanhã um voto em separado divergindo do relator, que é Reis e já sinalizou que irá acatar a tramitação da proposta.

Ampliação do atendimento prioritário nos supermercados será votada

Na reunião de amanhã, também deverá ser votado o projeto de lei que amplia o rol de grupos com direito a atendimento prioritário nos supermercados da cidade. A proposta, de autoria do vereador Dalton Borba (PDT), faz uma alteração na redação da lei ordinária 8.655/1995, a qual já assegura atendimento prioritário a idosos, deficientes físicos, gestantes e mulheres com crianças ao colo nas filas de caixas dos estabelecimentos comerciais (005.00150.2023).

A proposta busca incluir no rol de beneficiários do atendimento prioritário pessoas obesas, lactantes, indivíduos com transtorno do espectro autista e aqueles com mobilidade reduzida. A intenção é garantir que esses grupos também tenham acesso a um atendimento mais ágil e respeitoso durante suas compras, promovendo, assim, a igualdade de oportunidades e a inclusão social. A relatoria do texto está com Rodrigo Reis.

Outra matéria que será votada é a de Nori Seto (PP) que pretende criar o programa “Cidade Mais Limpa do Mundo” (005.00201.2022). Conforme a iniciativa, caberia ao Executivo determinar as dimensões e as características das lixeiras, além do quantitativo por logradouro público. Já o cidadão ou empresário que disponibilizar a lixeira seria responsável por sua instalação e manutenção, além do recolhimento e a destinação final dos resíduos. Em contrapartida, o participante do programa poderia usar a lixeira para divulgar seu negócio ou serviço. Na semana passada, o parecer de Ezequias Barros não foi votado, porque Amália Tortato (Novo) pediu vista ao projeto de lei.

A
o todo, 10 projetos de lei serão analisados pela CCJ na reunião desta terça-feira. A relação completa está disponível no Sistema de Proposições Legislativas (SPL). Basta acessar a aba “Comissões” e a opção “Pauta das Comissões”.

O que faz a Comissão de Constituição e Justiça?

Presidida por Bruno Pessuti (Pode), cabe à Comissão de Constituição e Justiça exercer o controle de constitucionalidade no Legislativo, impedindo que iniciativas em desacordo com os limites legais avancem na CMC. Por isso, a CCJ é a única das 10 comissões temáticas que pode, sozinha, por decisão dos seus membros, arquivar propostas dos vereadores ou do Executivo. Em 2023, após a reforma do Regimento Interno, ganhou o poder de criar súmulas para uniformizar entendimentos.

Além de Pessuti, Amália Tortato, Ezequias Barros e Rodrigo Reis, também são integrantes do colegiado neste ano: Angelo Vanhoni (PT), Beto Moraes (PSD), Dalton Borba, Mauro Ignácio (União), Noemia Rocha (MDB) e Toninho da Farmácia (União). As reuniões da CCJ são promovidas semanalmente, às terças-feiras, às 14h, com transmissão ao vivo, direto da Sala das Comissões, pelos canais do Legislativo no YouTube, no Facebook e no Twitter.