CCJ acata mudança no Conselho Municipal de Política Étnico Racial
Dos 10 projetos analisados pela CCJ, 2 foram acatados, 4 arquivados e 4 devolvidos aos autores. (Foto: Reprodução/YouTube CMC)
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) acatou 2 dos 10 projetos de lei previstos na pauta da reunião virtual desta terça-feira (5), transmitida ao vivo no YouTube. O colegiado também arquivou 4 proposta e devolveu outras 4 aos respectivos autores para adequações. Uma das matérias aprovadas pela CCJ, com relatoria de Colpani (PSB), permite a inclusão de todas as etnias – não só as de matriz africana – nos debates do Conselho Municipal de Política Étnico Racial (Comper), alterando a lei municipal 11.833/06.
O projeto de lei (005.00213.2019) é de autoria da Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública do Legislativo, formada na época do protocolo do projeto por Maria Leticia Fagundes (PV), presidente, Herivelto Oliveira (Cidadania), vice, Beto Moraes (PSD), Geovane Fernandes (Patriota) e Zezinho Sabará (DEM). Hoje, Oscalino do Povo (PP) é o presidente, integrando o colegiado em substituição a Fernandes.
Também foi acatada pelo colegiado, a partir da relatoria de Osias Moraes (Republicanos), a proposta da Prefeitura que pretende adicionar o Município como ente associado e integrante do Fórum Nacional de Secretarias Municipais de Administração das Capitais (Fonac), da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma) e da Sociedade de Zoológicos do Brasil (SZB). Para isto, a redação da Lei Municipal 15.313/18 precisa ser alterada e os incisos – que estabelecem as associações – adicionados (005.00214.2019).
Arquivados
Entre os arquivados estão os projetos que criam o programa de fornecimento de prótese de mão mioelétrica (005.00228.2019), de Ezequias Barros (PMB) e as políticas públicas de incentivo e inclusão social e econômica a catadores e catadoras de materiais recicláveis, o Pró-Catador (005.00117.2019), de Maria Leticia (PV) e Professora Josete (PT). A maioria do colegiado considerou vício de iniciativa das propostas – na primeira seguindo o voto em separado de Pier Petruzziello (PTB) e na segunda na relatoria de Dr. Wolmir Aguiar (Republicanos).
Também foram arquivados o projeto que substitui gradativamente a publicidade feita ao ar livre pela desenvolvida nas redes sociais, como estratégia de comunicação da Prefeitura (005.00202.2019), de Professor Silberto (MDB), e o pagamento integral dos RITs (Regime Integral de Trabalho) dos servidores públicos, de Maria Leticia e Josete (005.00062.2020).
Para a maioria dos vereadores da CCJ, prevaleceu o argumento de que as propostas são de competência da Prefeitura de Curitiba. Na primeira pelo voto em separado do líder do prefeito na Casa e na segunda sob relatoria também de Petruzziello, entretanto com recomendação de que a proposição fosse encaminhada como sugestão ao Executivo. Ela foi elaborada (203.00112.2020) por Josete, analisada pelo plenário e aprovada na sessão virtual desta quarta-feira (6).
Devolução aos autores
Outros quatro projetos foram devolvidos aos autores para adequações: a que obriga a separação, destinação e compostagem de resíduos sólidos orgânicos (005.00181.2019), de Maria Letícia; a que cria o programa Rua para Todos em que vias ficam disponíveis para pedestres e ciclistas em domingos e feriados (005.00129.2019), de Marcos Vieira (PDT); a que proíbe propagandas de agentes políticos fora do período eleitoral (005.00241.2019), de Professor Euler (PSD); e a que regulamenta os tutores que trabalham com crianças com deficiência na rede municipal (005.00112.2019), de Petruzziello.
Confira todos os votos da CCJ aqui.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba