Casos de pedofilia preocupam vereadores

por Assessoria Comunicação publicado 23/09/2009 14h45, última modificação 25/06/2021 10h47

A pedofilia, transtorno de personalidade que resulta em preferência sexual por crianças, foi um dos assuntos debatidos nesta terça-feira (22), na Câmara de Curitiba. O tema, destacado pela vereadora Mara Lima (PSDB), foi bastante comentado em apartes pelos parlamentares, que também se preocupam com o crescente aumento de casos. Da tribuna da Casa, Mara Lima destacou ações que vêm sendo realizadas no País com intuito de diminuir os delitos. "O Senado está atuante em uma CPI da Pedofilia, os magistrados se mostram mais atentos e a investigação se revela mais eficaz na colheita das provas", disse, atribuindo o aumento de denúncias, condenação e debates públicos a respeito do delito a iniciativas como essas, que, em sua opinião, poderiam ser desenvolvidas também pelo Legislativo.
Conforme Mara Lima, a internet, atualmente, é o principal meio de divulgação da pedofilia. Além de movimentar milhões de dólares por ano, forma clubes de pedófilos, facilitando a troca de fotos, vídeos, turismo sexual e, ainda, tráfico de menores. A procura maior, disse, é por meninas até os dez anos, enquanto os atraídos por meninos preferem, habitualmente, aqueles um pouco mais velhas. "O Brasil é o líder mundial em cyberpedofilia ou pedofilia pela internet. Cerca de 76% dos pervertidos se encontram em nosso território e o pior é que a grande maioria dos casos de abuso de crianças e adolescentes ocorre dentro de casa, na chamada pedofilia doméstica", alertou.
Dados sobre a punição dos agressores também foram apresentos pela vereadora. A lei sancionada em 2009 que trata dos crimes hediondos e torna mais severas as penas para os crimes de pedofilia, estupro seguido de morte e assédio sexual contra menores, além de tipificar o crime de tráfico de pessoas, poderia ser ainda mais severa, segundo o líder do prefeito, Mario Celso Cunha (PSB). Atualmente, a pena varia de seis a dez anos. Quando praticada por pessoa que deveria proteger e cuidar da criança, o tempo aumenta em 50%. A mesma regra vale para o crime que gerar gravidez. Porém, se a vítima contrair doença sexual a pena é acrescida de mais um sexto do tempo de condenação. O vereador Pedro Paulo (PT) ressaltou que nem sempre "a justiça é certeira e que muitos inocentes já foram condenados injustamente", ao mencionar a pena de morte adotada em outros países para casos de pedofilia.