Carta do ministro da Educação sobre Hino Nacional repercute na CMC
Assinada pelo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, a carta enviada a escolas do país e que orienta a execução do Hino Nacional, bem como a filmagem das crianças durante o ato, repercutiu na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) nesta terça-feira (26). O tema foi levado à tribuna por Ezequias Barros (PRP), que recebeu apoio de alguns vereadores ao elogiar a chamada “política de incentivo à valorização dos símbolos nacionais”, defendida pelo Ministério da Educação (MEC). Mas houve quem se posicionou contra a medida.
Conforme o vereador, é preciso “incentivar as crianças a desenvolverem amor pelos símbolos nacionais”. “Muitas crianças ainda não conhecem o hino de Curitiba, o do Paraná e do país. Muitos se esqueceram porque já não se fala mais, já não se toca mais, já não se canta mais”, observou Ezequias, ao lembrar que, quando frequentava a escola, “seu caderno brochura tinha a letra do Hino Nacional” na contracapa.
“Também sou do tempo em que, em datas cívicas, fazíamos fila para cantar o Hino Nacional. Recebíamos cadernos da Fundepar com o Hino Nacional. Sabíamos cantar todos eles [os hinos]”, relatou Colpani (PSB), que manifestou apoio à fala de Ezequias Barros. Osias Moraes (PRB), complementou: “eu também vivi essa época na escola em que o caderno já vinha com o Hino Nacional, o Hino da Bandeira. E nós, enfileirados, participávamos desse momento e nos orgulhávamos disso. Mas infelizmente vivemos um período de trevas e de desconstrução desse patriotismo, da moral, da ética.”
Patriotismo, slogan e filmagem
“Não é apenas saudosismo. É patriotismo. Trata-se de resgatar conceitos, com orgulho às figuras nacionais. Em Curitiba, já temos a lei [municipal 10.536/2002] que trata da execução obrigatória do Hino Nacional [nas escolas]”, analisou Ezequias Barros. No mesmo sentido, afirmou Julieta Reis (DEM): “É só se fazer cumprir a lei. É muito desagradável quando você vê, em jogos da Copa do Mundo, os jogadores [da Seleção Brasileira de Futebol] todos enfileirados e não sabem cantar [o Hino Nacional]. É uma vergonha. As crianças têm que aprender o Hino Nacional. É saudável. É uma questão de amor à pátria e ao lugar onde nasceu.”
Para Maria Manfron (PP), é preciso fazer com que “o Brasil volte a ser patriota” porque a execução do Hino Nacional é uma tradição. “Esse dever cívico tem que voltar às escolas. Nossas crianças precisam viver esse patriotismo. Nos EUA, quando toca o Hino Nacional, as pessoas param e se colocam em posição de sentido”, comparou a vereadora. “Se você pegar qualquer filme americano, qualquer um, você vai ver que a bandeira deles aparece em algum momento”, emendou Colpani.
Apesar de concordar com a orientação do MEC, Cacá Pereira (DC) criticou a comparação entre EUA e Brasil e rechaçou o fato de que o ministro Ricardo Vélez Rodríguez tenha usado o slogan da campanha de Jair Bolsonaro à presidência da República – “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos.” – no documento enviado às escolas. “Na essência, a ideia é absolutamente pertinente e relevante. Eu vivi esse momento e entendo a sensação em valorizar nossa pátria. [Mas] não vamos "americanizar", temos culturas absolutamente diferentes. A gente [tenta] igualar aquele que não é igual a nós. Para mim, a essência é jogada no lixo, quando você coloca algo que era uma bandeira de campanha”.
“Muitos não acompanham o dia a dia nas escolas”, ponderou Professora Josete (PT), ao esclarecer aos colegas que, semanalmente, as escolas do município de Curitiba promovem um momento cívico entre os alunos. A vereadora ainda considerou “um absurdo” que, na carta, o ministro ainda solicita que os diretores das instituições de ensino filmem e encaminhem os vídeos dos atos cívicos para o e-mail do Ministério da Educação e da Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República. “Me parece um mecanismo de controle, retomando a época da Ditadura Militar. As leis estão aí e as escolas cumprem.”
“Eu sou de uma geração, lá do tempo da Ditadura Militar – e também não acho que foi tudo isso que falam por aí. Mas hoje em dia tá muito "mimimi", como se fala aí nas redes sociais. Hoje nada pode. Enquanto isso, outros países cultuam o patriotismo”, raciocinou Colpani, ao condenar a polêmica em torno do slogan da campanha. “O ministro fala [do slogan na carta], mas não fala que tem que ter isso nas escolas”, finalizou Ezequias Barros.
Conforme o vereador, é preciso “incentivar as crianças a desenvolverem amor pelos símbolos nacionais”. “Muitas crianças ainda não conhecem o hino de Curitiba, o do Paraná e do país. Muitos se esqueceram porque já não se fala mais, já não se toca mais, já não se canta mais”, observou Ezequias, ao lembrar que, quando frequentava a escola, “seu caderno brochura tinha a letra do Hino Nacional” na contracapa.
“Também sou do tempo em que, em datas cívicas, fazíamos fila para cantar o Hino Nacional. Recebíamos cadernos da Fundepar com o Hino Nacional. Sabíamos cantar todos eles [os hinos]”, relatou Colpani (PSB), que manifestou apoio à fala de Ezequias Barros. Osias Moraes (PRB), complementou: “eu também vivi essa época na escola em que o caderno já vinha com o Hino Nacional, o Hino da Bandeira. E nós, enfileirados, participávamos desse momento e nos orgulhávamos disso. Mas infelizmente vivemos um período de trevas e de desconstrução desse patriotismo, da moral, da ética.”
Patriotismo, slogan e filmagem
“Não é apenas saudosismo. É patriotismo. Trata-se de resgatar conceitos, com orgulho às figuras nacionais. Em Curitiba, já temos a lei [municipal 10.536/2002] que trata da execução obrigatória do Hino Nacional [nas escolas]”, analisou Ezequias Barros. No mesmo sentido, afirmou Julieta Reis (DEM): “É só se fazer cumprir a lei. É muito desagradável quando você vê, em jogos da Copa do Mundo, os jogadores [da Seleção Brasileira de Futebol] todos enfileirados e não sabem cantar [o Hino Nacional]. É uma vergonha. As crianças têm que aprender o Hino Nacional. É saudável. É uma questão de amor à pátria e ao lugar onde nasceu.”
Para Maria Manfron (PP), é preciso fazer com que “o Brasil volte a ser patriota” porque a execução do Hino Nacional é uma tradição. “Esse dever cívico tem que voltar às escolas. Nossas crianças precisam viver esse patriotismo. Nos EUA, quando toca o Hino Nacional, as pessoas param e se colocam em posição de sentido”, comparou a vereadora. “Se você pegar qualquer filme americano, qualquer um, você vai ver que a bandeira deles aparece em algum momento”, emendou Colpani.
Apesar de concordar com a orientação do MEC, Cacá Pereira (DC) criticou a comparação entre EUA e Brasil e rechaçou o fato de que o ministro Ricardo Vélez Rodríguez tenha usado o slogan da campanha de Jair Bolsonaro à presidência da República – “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos.” – no documento enviado às escolas. “Na essência, a ideia é absolutamente pertinente e relevante. Eu vivi esse momento e entendo a sensação em valorizar nossa pátria. [Mas] não vamos "americanizar", temos culturas absolutamente diferentes. A gente [tenta] igualar aquele que não é igual a nós. Para mim, a essência é jogada no lixo, quando você coloca algo que era uma bandeira de campanha”.
“Muitos não acompanham o dia a dia nas escolas”, ponderou Professora Josete (PT), ao esclarecer aos colegas que, semanalmente, as escolas do município de Curitiba promovem um momento cívico entre os alunos. A vereadora ainda considerou “um absurdo” que, na carta, o ministro ainda solicita que os diretores das instituições de ensino filmem e encaminhem os vídeos dos atos cívicos para o e-mail do Ministério da Educação e da Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República. “Me parece um mecanismo de controle, retomando a época da Ditadura Militar. As leis estão aí e as escolas cumprem.”
“Eu sou de uma geração, lá do tempo da Ditadura Militar – e também não acho que foi tudo isso que falam por aí. Mas hoje em dia tá muito "mimimi", como se fala aí nas redes sociais. Hoje nada pode. Enquanto isso, outros países cultuam o patriotismo”, raciocinou Colpani, ao condenar a polêmica em torno do slogan da campanha. “O ministro fala [do slogan na carta], mas não fala que tem que ter isso nas escolas”, finalizou Ezequias Barros.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba