“É na cidade que tudo acontece, é lá que o governo precisa centralizar a sua tomada de decisão”, afirmou a superintendente-geral de Desenvolvimento Econômico e Social do Governo do Paraná, Keli Guimarães, ao apresentar aos vereadores da capital o projeto da ONU para a capacitação dos gestores públicos do estado. “Com a capacitação e conscientização dos líderes locais e da sociedade civil, conseguiremos avançar de forma considerável na saúde, educação e segurança, ao mesmo tempo em que a disparidade reduzirá”, disse.

Keli Guimarães foi a convidada da Câmara Municipal de Curitiba para a Tribuna Livre desta quarta-feira (3). Ela apresentou em plenário o projeto Universidade para Autoridades Locais, resultado de uma parceria do governo estadual com a Unitar (sigla em inglês para Instituto das Nações Unidas para Formação e Pesquisa) e com a WFO (sigla em inglês para Organização Internacional da Família), e que ganhou o apelido de “Universidade dos Prefeitos”. O objetivo é capacitar políticos e técnicos dos municípios paranaenses nas melhores práticas de gestão e monitoramento de políticas públicas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs).

O Paraná é o pioneiro na iniciativa no Brasil, após ter ganho reconhecimento internacional na territorialização da Agenda 2030 e dos seus 17 ODSs. “Dos 399 municípios, 392 já assinaram a estratégia, comprometendo-se a desenvolver a agenda da ONU e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, comemorou a superintendente-geral de Desenvolvimento Econômico e Social. A Universidade dos Prefeitos faz parte do objetivo 17, que é a construção de uma rede de parcerias entre os agentes locais, estaduais e internacionais.

“A universidade não é só dos prefeitos, mas dos líderes, é de todos vocês. É dos vereadores, dos agentes, dos líderes comunitários e civis ligados aos ODSs, e, principalmente, dos técnicos que trabalham no serviço público. O foco do projeto é a ODS 17, que fala do estabelecimento de parcerias e meios de implementação, cujas metas são o compartilhamento de conhecimento e cooperação, a aprimoração da política de coerência, o respeito às lideranças e o incentivo a parcerias eficazes”, explicou Keli Guimarães.

Respondendo a perguntas dos vereadores, ela confirmou que o financiamento da iniciativa é compartilhado, com a Unitar e WFO custeando o primeiro ano do projeto e o governo do Paraná arcando com a parte final. Os alunos serão escolhidos mediante chamamento do Estado, mas ela explicou que a sensibilização dos gestores para a iniciativa já começou mediante a Associação dos Municípios do Paraná (AMP). “Serão aulas online, de duas horas por dia, duas vezes por semana, durante um ano”, explicou, reforçando que não há custos para quem passar pela capacitação.

Tribuna Livre
Espaço democrático de debates, a Tribuna Livre é mantida pela CMC como um canal de interlocução entre a sociedade e os parlamentares. Conforme o Regimento Interno do Legislativo, os debates ocorrem nas quartas-feiras, durante a sessão plenária – seguindo acordo de líderes, após os pronunciamentos do pequeno expediente.

Os temas são sugeridos pelos vereadores que, por meio de requerimento, indicam uma pessoa ou entidade para a fala em plenário. O espaço pode servir para a prestação de contas de uma organização que recebe recursos públicos, apresentação de uma campanha de conscientização, discussão sobre projeto de lei em trâmite na Casa etc.

As sessões plenárias começam às 9 horas e têm transmissão ao vivo pelos canais do Legislativo no YouTube, no Facebook e no Twitter. Confira, no site institucional, os assuntos discutidos nas outras Tribunas Livres de 2022.

Restrições eleitorais
Ainda que a Câmara de Curitiba já respeite o princípio constitucional da impessoalidade, há dez anos, na sua divulgação do Poder Legislativo, publicando somente as notícias dos fatos com vínculo institucional e com interesse público, esses cuidados são redobrados durante o período eleitoral. Por isso, desde já a comunicação institucional da CMC será controlada editorialmente até o dia 2 de outubro.

Nesse período, não serão divulgadas informações que possam caracterizar uso promocional de candidato, fotografias individuais dos parlamentares e declarações relacionadas a partidos políticos, entre outros cuidados. A cobertura jornalística dos atos do Legislativo será mantida, sem interrupção dos serviços de utilidade pública e de transparência, porém com condicionantes (saiba mais). As referências nominais é que serão reduzidas ao mínimo razoável, de forma a evitar somente a descaracterização do debate legislativo.