Campanha educativa sobre moda sustentável tramita na CMC

por Higor Paulino*, especial para a CMC — publicado 17/05/2021 14h40, última modificação 17/05/2021 14h40
Com a ideia de alertar a impactos socioambientais da indústria da moda, Semana Fashion Revolution pode fazer parte do calendário oficial de eventos.
Campanha educativa sobre moda sustentável tramita na CMC

Presente em 50 cidades brasileiras, Semana Fashion Revolution propõe consumo consciente. (Foto: Andre Wormsbecker /FAS)

Tramita desde 2 de março, na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), projeto de lei para a criação de uma campanha educativa sobre sustentabilidade na indústria da moda. A ideia é alinhar a cidade, durante uma semana, à agenda do movimento global Fashion Revolution (005.00064.2021). Maria Leticia (PV) é a autora da iniciativa.

Conforme a proposta de lei, a Semana Fashion Revolution faria parte do calendário anual de eventos. O evento seria anual, entre os dias 24 e 30 abril, com atividades como encontros, palestras, oficinas e treinamentos em escolas públicas e privadas, além de outros equipamentos públicos da cidade. O propósito, justifica a Maria Leticia, é levar aos jovens curitibanos “práticas sustentáveis por meio de atividades educativas sobre os impactos sociais e ambientais relacionados à produção e consumo [da moda]”.

Para a autora, a ideia vai de encontro ao desejo do prefeito Rafael Greca de alavancar Curitiba como “capital mundial da inovação, reunindo especialistas, governos, empresas e profissionais de todo o mundo em busca de soluções para o desenvolvimento sustentável”. Ela também cita plano estratégico da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) em prol de um setor têxtil local “referência em moda sustentável, inovadora e competitiva”.

De acordo com a vereadora, o movimento está presente em mais de 100 países. Ela destaca que a Semana Fashion Revolution de 2019 envolveu, no Brasil, aproximadamente 25 mil pessoas, em 50 cidades, contando com mais de 230 voluntários, em 114 escolas e universidades. A iniciativa, se aprovada em plenário e sancionada pelo Executivo, entrará em vigor 30 dias após publicação no Diário Oficial do Município (DOM).

Tramitação
Protocolada em março, a proposta já recebeu instrução da Procuradoria Jurídica (Projuris) e foi acatada pela Comissão de Constituição e Justiça. A matéria passará pela avaliação de outros colegiados permanentes do Legislativo, indicados pela CCJ de acordo com o tema da proposta. Durante essa etapa, podem ser solicitados estudos adicionais, juntada de documentos, revisões no texto ou o posicionamento de outros órgãos públicos.

Após o parecer das comissões, a proposição estará apta para votação em plenário, sendo que não há um prazo regimental para a tramitação completa. Caso seja aprovada, segue para a sanção do prefeito para virar lei. Se for vetada, cabe à Câmara dar a palavra final – se mantém o veto ou promulga a lei.

*Notícia elaborada pelo estudante de Jornalismo Higor Paulino, especial para a CMC.
Supervisão do estágio: Filipi Oliveira.
Revisão: Fernanda Foggiato.