Câmara vai reavaliar instalação de antenas

por Assessoria Comunicação publicado 23/08/2005 18h00, última modificação 31/05/2021 10h01
Normas que atendam a padrões urbanísticos e ambientais e procedimentos para obter licença prévia na instalação de antenas  de telefonia celular são alguns dos mais importantes aspectos  que a Câmara Municipal de Curitiba vai  avaliar mais uma vez, para poder aprovar projeto de lei da vereadora Julieta Reis (sem partido).
A matéria passou pelo plenário na tarde desta  segunda feira (22) e foi adiada com previsão de retorno apenas no início de setembro. Até lá, os vereadores devem ouvir novamente representantes da telefonia fixa, móvel e do setor de radiofusão, segundo o presidente da Casa, João Cláudio Derosso (PSDB),  que os recebeu na última sexta-feira (19). O parlamentar falou na tribuna sobre a “importância da Câmara ser intermediária na elaboração de uma legislação municipal adequada à prestação deste serviço à população”. Dados científicos atestam que as ondas magnéticas emitidas por este tipo de antena produzem danos à saúde.  A precariedade das instalações de antenas de telefonia celular esteve sob estudo de uma Comissão Especial na Câmara de Curitiba, mas os parlamentares ainda não estão satisfeitos com a Anatel  (Agência Nacional de Telecomunicações),  que tem concedido licença às operadoras sem avaliar os padrões urbanísticos, sanitários e ambientais. Este procedimento está proposto na legislação sugerida pela vereadora Julieta Reis, no projeto que foi adiado para aprimorar as normas a serem adotadas.
Derosso e os demais vereadores estão preocupados com os mais de um milhão de  usuários do sistema. Para Julieta Reis,  “é importante impor limites de segurança à população. O pedido de licenciamento de estações da rádio-base e microcélulas de telefonia celular ou equipamentos afins deverá ser protocolado junto à Prefeitura,  aguardando a viabilidade  da proposta”.  De acordo com alguns vereadores, não é o que tem acontecido. As antenas são colocadas sem consulta prévia, apenas com licença da Anatel.
O presidente da Comissão de Economia, vereador Luis Ernesto (PSDB), chamou atenção também “para  a potência das antenas de rádio e TV  (espúrios), cujas radiações de 10 mil watts duplicam ou  chegam a triplicar”.  O limite imposto pela Organização Mundial de Saúde é  435 micro-watt por centímetro quadrado.