Câmara vai apoiar Fórum da Verdade por resgate da resistência
Representantes do Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, Memória e Justiça estiveram na Câmara Municipal de Curitiba para pedir apoio ao movimento, que mobiliza a sociedade em busca da verdade sobre violações de direitos humanos entre 1946 e 1988. Eles foram recebidos pelo presidente da Casa, vereador Paulo Salamuni (PV), o líder do prefeito, Pedro Paulo (PT), e o vereador Dirceu Moreira (PSL).
“A Câmara vai trabalhar junto com o Fórum. Nos interessa ao máximo o resgate desta história, primeiro pelo reconhecimento da resistência, segundo para que a ditadura nunca mais se repita. Parafraseando Ulysses Guimarães, temos horror e nojo da ditadura”, afirmou Salamuni.
Roberto Elias Salomão apresentou os projetos voltados ao resgate da história do enfrentamento à ditadura militar. Um deles é o Museu de Percurso. A ideia é instalar totens em pontos da cidade que foram palco da resistência democrática, como o prédio da Reitoria, a Igreja do Guadalupe, que abrigou reuniões clandestinas durante o período, a Boca Maldita, onde foi realizado o comício das Diretas Já. Segundo Salomão, os pontos já estavam definidos e o texto com as informações históricas que devem constar nos totens foram enviados no ano passado ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). Durante a reunião, Salamuni ligou para o presidente do Ippuc, Sérgio Pires, para pedir que o projeto seja retomado.
“A Câmara tem apoiado a questão de direitos humanos, mais especificamente junto à Comissão da Verdade. Teremos agora uma comissão permanente da Casa para acompanhar este assunto”, acrescentou Pedro Paulo, citando a Comissão de Segurança Pública e Defesa da Cidadania, que também vai encampar a bandeira dos direitos humanos. A alteração aconteceu na última revisão do Regimento Interno da Casa, aprovada no final de 2012 e que passa a valer este ano. O novo grupo será denominado Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública.
Memorial da Resistência
O Fórum quer criar ainda o Memorial da Resistência, um espaço que disponibilize para a cidade um material completo, incluindo fotos, documentos, filmes e livros sobre o período da ditadura militar. “Pensamos no prédio da União Paranaense dos Estudantes (UPE), que é tombado pelo Patrimônio Histórico e está sob os cuidados da prefeitura. É um lugar bacana, mas que está se deteriorando”, disse Milton Alves, também integrante do Fórum. O casarão, que fica no bairro São Francisco, teve suas portas lacradas nesta segunda-feira pela Secretaria Municipal de Obras, pois havia sido invadido por usuários de drogas. Os vereadores acham que a ideia resolveria a questão de manutenção do prédio. “Somos parceiros, pois isto solucionaria um problema para a cidade e para a UPE”, concordou Salamuni.
Toponímia Urbana
Outra proposta apresentada durante a reunião é a alteração de nomes de ruas e espaços públicos. O Fórum tem uma pesquisa de nomes de militantes da resistência à ditadura militar que considera importantes para serem lembrados em logradouros públicos. “Deve também ser feito um levantamento das ruas da cidade para ver se tem algum nome ligado à repressão, para que seja mudado”, acrescentou Salomão. Ele avaliou a reunião na Câmara como rápida e objetiva e deve agilizar estas ações. “A gestão atual tem mais condições de entender o sentido desta luta e acho que agora vai sair o memorial e o Museu de Percurso”.
“A Câmara vai trabalhar junto com o Fórum. Nos interessa ao máximo o resgate desta história, primeiro pelo reconhecimento da resistência, segundo para que a ditadura nunca mais se repita. Parafraseando Ulysses Guimarães, temos horror e nojo da ditadura”, afirmou Salamuni.
Roberto Elias Salomão apresentou os projetos voltados ao resgate da história do enfrentamento à ditadura militar. Um deles é o Museu de Percurso. A ideia é instalar totens em pontos da cidade que foram palco da resistência democrática, como o prédio da Reitoria, a Igreja do Guadalupe, que abrigou reuniões clandestinas durante o período, a Boca Maldita, onde foi realizado o comício das Diretas Já. Segundo Salomão, os pontos já estavam definidos e o texto com as informações históricas que devem constar nos totens foram enviados no ano passado ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). Durante a reunião, Salamuni ligou para o presidente do Ippuc, Sérgio Pires, para pedir que o projeto seja retomado.
“A Câmara tem apoiado a questão de direitos humanos, mais especificamente junto à Comissão da Verdade. Teremos agora uma comissão permanente da Casa para acompanhar este assunto”, acrescentou Pedro Paulo, citando a Comissão de Segurança Pública e Defesa da Cidadania, que também vai encampar a bandeira dos direitos humanos. A alteração aconteceu na última revisão do Regimento Interno da Casa, aprovada no final de 2012 e que passa a valer este ano. O novo grupo será denominado Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública.
Memorial da Resistência
O Fórum quer criar ainda o Memorial da Resistência, um espaço que disponibilize para a cidade um material completo, incluindo fotos, documentos, filmes e livros sobre o período da ditadura militar. “Pensamos no prédio da União Paranaense dos Estudantes (UPE), que é tombado pelo Patrimônio Histórico e está sob os cuidados da prefeitura. É um lugar bacana, mas que está se deteriorando”, disse Milton Alves, também integrante do Fórum. O casarão, que fica no bairro São Francisco, teve suas portas lacradas nesta segunda-feira pela Secretaria Municipal de Obras, pois havia sido invadido por usuários de drogas. Os vereadores acham que a ideia resolveria a questão de manutenção do prédio. “Somos parceiros, pois isto solucionaria um problema para a cidade e para a UPE”, concordou Salamuni.
Toponímia Urbana
Outra proposta apresentada durante a reunião é a alteração de nomes de ruas e espaços públicos. O Fórum tem uma pesquisa de nomes de militantes da resistência à ditadura militar que considera importantes para serem lembrados em logradouros públicos. “Deve também ser feito um levantamento das ruas da cidade para ver se tem algum nome ligado à repressão, para que seja mudado”, acrescentou Salomão. Ele avaliou a reunião na Câmara como rápida e objetiva e deve agilizar estas ações. “A gestão atual tem mais condições de entender o sentido desta luta e acho que agora vai sair o memorial e o Museu de Percurso”.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba