Câmara tem defesa e críticas a manifestantes pró-Lula
Os vereadores retomaram, durante a sessão plenária desta terça-feira (10) da Câmara de Curitiba, as discussões sobre a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as manifestações populares nos arredores da Superintendência da Polícia Federal, no Santa Cândida. Primeira parlamentar a se manifestar, Professora Josete (PT) afirmou que o encaminhamento da direção do partido, tanto estadual quanto municipal, é de que “todos os militantes devem respeitar os profissionais da imprensa”. Ela frisou que se tratam de trabalhadores e que, independente da emissora ou linha editorial do veículo, precisam ser respeitados.
“Militantes não são bandidos, são pessoas que lutam por um projeto de sociedade justa”, defendeu. A declaração de Professora Josete foi em resposta às falas de ontem (9), do vereador Cristiano Santos (PV), que repudiou os “ataques” sofridos pela imprensa durante a cobertura da prisão de Lula (leia mais). “Profissionais foram agredidos, impedidos de fazer suas transmissões e isso não pode passar em branco”, disse ele, na ocasião.
No mesmo sentido, Dr. Wolmir Aguiar (PSC) chamou de “oportuna” as declarações de Santos e que também defende a “não violência”, seja “de que lado for”. O vereador criticou o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR), que estaria, segundo ele, defendendo os movimentos de esquerda em vez dos profissionais da categoria. Ele citou também o interdito proibitório, requisitado à justiça para o entorno da sede da Polícia Federal, pela Prefeitura de Curitiba. “Temos recebido, nas redes sociais, pedidos de moradores que estão se incomodando com os desocupados que estão lá”, declarou Wolmir. “Muitos estão saindo com escolta, porque não conseguem sair de casa.”
Já o vereador Osias Moraes (PRB) disse ter fotografias de pichações, em prédios da capital, com as frases “Lula 2018” e “Lula Livre”. “Há um grande movimento a favor do Lula, mas não podemos aceitar que pessoas desse movimento venham pichar a nossa cidade”, afirmou. “Vamos colocar a Guarda Municipal e a Polícia Militar de olho nessas pessoas.”. Para ele, é preciso “identificar, fichar e prender” quem for flagrado em atos de vandalismo. “Não podemos vandalizar o patrimonio público. Isso é inadmissível e não vamos aceitar”, concluiu.
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