Câmara sediou reunião do Conselho da Mulher de Curitiba
Espaço para reunião do Conselho dos Direitos da Mulher foi solicitado à Procuradoria da Mulher da Câmara de Curitiba. (Foto: Carlos Costa/CMC)
O auditório da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) recebeu, na tarde desta quinta-feira (28), reunião do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM). O órgão colegiado, com representantes do poder público e da sociedade civil, é responsável por discutir, propor e fiscalizar as políticas públicas sob a perspectiva de gênero, com o objetivo de assegurar à população feminina o pleno exercício de sua cidadania.
A cessão do espaço foi solicitada à Procuradoria da Mulher (ProMulher) da Câmara de Curitiba, que tem à frente Maria Leticia (PV). “Vimos nessa demanda a oportunidade de aproximar a população desta Casa Legislativa, já que o conselho representa a comunidade nas decisões políticas”, aponta a vereadora.
Conforme a procuradora da Mulher, a ideia é que os encontros do CMDM ocorram mais vezes na Câmara de Curitiba. “O próximo passo é criar uma agenda contínua para garantir a proximidade da população nos debates, construindo um diálogo aberto e constante entre os órgãos. Todas as pessoas que desejam contribuir com a cidade devem ocupar a Câmara Municipal de Curitiba, já que essa é a casa do povo", afirma Maria Leticia.
Patrulha Maria da Penha de Curitiba e Irmandade Sem Fronteiras
A reunião foi conduzida pela vice-presidente do CMDM, Angela Elozabeth Sarneski, representante da sociedade civil pela Rede de Mulheres Negras. Dois dos temas em pauta no Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, nesta tarde, foram os trabalhos da Patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal de Curitiba e da Irmandade Sem Fronteiras, organização sem fins lucrativos voltada ao atendimento da população migrante.
A guarda municipal Luciana Maria da Cunha, que é membro suplente do CMDM, falou sobre a Patrulha Maria da Penha de Curitiba, da qual a servidora faz parte há três anos. Ela frisou o caráter preventivo do serviço municipal criado em 2014. “A Patrulha Maria da Penha tem esse encargo de acompanhar a mulher depois que ela fez a denúncia e tem a medida protetiva”, explicou ela. “A gente visa atender essa mulher sem preconceito, discriminação ou julgamento", citou também. Ela avaliou que o botão do pânico, acionado no caso de descumprimento da medida protetiva, tem sido uma ferramenta importante.
“A migração feminina encontra um duplo problema: ser migrante e ser mulher”, declarou a fundadora e presidente da Irmandade sem Fronteiras, Rockmillys Basante. De acordo com a venezuelana, a organização atende cerca de 200 pessoas diariamente, a maior parte delas famílias migrantes de nacionalidades diversas, com a promoção de serviços nas áreas da assistência social, saúde, educação, geração de renda, cultura, esporte, lazer e bem-estar alimentar e nutricional, por exemplo. Uma ideia apresentada na reunião é buscar a ida de representante da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) à entidade, para falar sobre o acesso aos serviços públicos de saúde.
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