Câmara sedia debate sobre saúde pública

por Assessoria Comunicação publicado 17/05/2012 19h45, última modificação 02/09/2021 08h18
Audiência pública para debater questões relacionadas à saúde foi realizada na tarde desta quinta-feira (17), no plenário da Câmara de Curitiba. O evento, proposto pelo vereador Pedro Paulo (PT), foi relativo à Campanha da Fraternidade 2012, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que  tem por tema “Fraternidade é saúde”. O parlamentar destacou que  as iniciativas buscam trazer uma reflexão sobre a situação da saúde, a participação popular na formulação e acompanhamento dessa política pública e os investimentos no setor. “O Sistema Único de Saúde (SUS) é complexo e cada ator tem as suas responsabilidades. Cabe ao usuário participar, fiscalizar, sugerir, enfim, ser mais ativo. Desta forma, poderemos ter uma melhoria do sistema como um todo”, avaliou.
Atuaram como palestrantes o arcebispo de Curitiba, dom Moacyr José Vitti; o coordenador da Ação Evangelizadora da Arquidiocese, padre Rivael de Jesus Nacimento; a médica Karin Regina Luhn, do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, e Ezia Corradi, primeira-secretária do Conselho Municipal de Saúde. A audiência contou ainda com a participação de representantes de diversas comunidades, pastorais, entidades e movimentos sociais.
As discussões foram iniciadas por Dom Moacir Vitti, que falou sobre o histórico das campanhas, realizadas desde 1964. Para o arcebispo, a saúde pública clama por uma revisão e também por melhorias. “Não é só uma questão governamental. Toda a sociedade deve lutar por mais qualidade e se fazer presente. É necessário mobilização, como acontece nos conselhos e conferências de saúde”, propôs.
Outro palestrante, padre Rivael de Jesus Nacimento, destacou que a campanha não pretende fazer um embate com o SUS. “Pelo contrário, nossa intenção é ser parceiro na formulação de políticas públicas nesta área”. O religioso enumerou o tripé em que a campanha está firmada: vida saudável, atenção aos enfermos e melhorias no SUS.
Representando a Secretaria Municipal de Saúde, Karin Regina Luhn apresentou um balanço da rede municipal, ressaltando números e os principais programas de atendimento. “Somos a melhor capital na redução da mortalidade infantil e esse resultado foi alcançado através de uma parceria com a Pastoral da Criança. Precisamos desenvolver outros caminhos como esse, para melhorarmos nossos atendimentos”, avaliou.
Ezia  Corradi exibiu um vídeo que mostra ações do Conselho Municipal de Saúde e explicou o seu funcionamento. A conselheira explanou sobre a importância da participação popular e do controle social no SUS.
Debates
Os participantes fizeram uma série de questionamentos aos palestrantes. Entre os assuntos mais abordados estão a necessidade de mais médicos nos Centros Municipais de Urgências Médicas, questões salariais destes profissionais, problemas nos atendimentos de urgência (Samu e Siate), demora para realizar exames e falta de medicamentos.