Câmara sedia audiência sobre terapias alternativas na política municipal de saúde

por Assessoria Comunicação publicado 18/10/2013 17h30, última modificação 20/09/2021 10h58
A Câmara Municipal promoverá uma audiência pública para falar sobre o tema Terapias Alternativas e Política Municipal de Saúde. O evento ocorre na próxima quarta-feira (23), no plenário, às 14 horas, por iniciativa do vereador Jorge Bernardi (PDT). "A finalidade é reunir profissionais da área em busca de mais espaço, uma vez que os terapeutas ainda não são reconhecidos e encontram resistência”, justificou o parlamentar.

Roseli Gonçalves, presidente do Sindicato dos Terapeutas Holísticos do Paraná (Sinthalpar), estará presente, além de representantes das Secretarias Municipais de Saúde e de Finanças. A expectativa dela é o avanço gradual da classe, como por exemplo a regularização do trabalho dos terapeutas junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), “que é ainda um campo fechado”, avalia.
 
Segundo ela, os estados do Rio Grande do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo já são bem mais tolerantes com as terapias alternativas. “Em Curitiba temos um caso de atendimento no Hospital Pequeno Príncipe, mas ali os profissionais de Reiki são apenas voluntários”, diz.

Apesar de existir a portaria 971/2006 do Ministério da Saúde, aprovando a política nacional de práticas integrativas e complementares no SUS, Roseli observa que esta media “é limitada e não é clara” em relação à regularização dos serviços dos profissionais de Massoterapia, Cromoterapia, Quiropraxia, Shiatsu, Fitoterapia, Reiki, entre outros.

Existem cerca de 10 mil profissionais da área só em Curitiba e Região Metropolitana. E o sindicato não tem o poder de cobrança, mas de observação. Segundo Roseli, são 400 associados, dos quais 250 já se regularizaram. “A grande dificuldade é a obtenção de alvarás. Há muita gente que trabalha até em fundo de quintal e muitas vezes os maus profissionais mancham a imagem da classe”, explica.

Para Roseli, a esperança é de que esta audiência pública promovida na Câmara Municipal represente a oportunidade de moralizar o setor. “E, na sequência, contribuir para que todo o Paraná reconheça a atividade dos terapeutas, a exemplo dos outros estados já citados. Vamos começar por Curitiba”, observa.