Câmara se mobiliza pelos desabrigados do litoral

por Assessoria Comunicação publicado 16/03/2011 20h10, última modificação 06/08/2021 09h04
A Câmara Municipal de Curitiba, que já está desenvolvendo campanha de arrecadação de donativos para atender os desabrigados do litoral, está ampliando suas ações. Uma delas será o reconhecimento público em moção de apoio aos técnicos da Minerais do Paraná (Mineropar) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que mapeiam as áreas atingidas pelas enchentes, e à pronta intervenção da Coordenadoria de Defesa Civil do Estado do Paraná. A decisão foi manifestada e aprovada na sessão desta quarta-feira (16), com a deliberação do primeiro vice- presidente, vereador Sabino Picolo (DEM).
"Graças a esse trabalho conjunto, se evitou uma tragédia maior, considerando-se que a devastação foi proporcionalmente idêntica à ocorrida na região serrana do Rio de Janeiro, no início do ano", segundo registro feito pelo vereador Paulo Salamuni (PV). O líder do prefeito na Casa, João do Suco (PMDB), deliberou de imediato pelo registro da sugestão da moção, "que vai complementar o que a Casa já está realizando internamente", afirmou. Em gesto de solidariedade dos parlamentares e servidores, a Câmara promove campanha interna para arrecadar prioritariamente galões de água potável e leite longa vida, produtos em falta nos municípios atingidos. Após a arrecadação, que será feita até esta sexta-feira (18), os produtos serão entregues à Fundação de Ação Social (FAS).
Prevenção
De acordo com Salamuni, "o mapeamento feito pelos técnicos dos dois órgãos foi fundamental para que a Defesa Civil agisse prontamente, evitando uma tragédia de maiores proporções, pois houve, logo em seguida, um alerta às populações dos municípios para retirada das famílias em situação de risco, o que aconteceu ainda em tempo hábil." Em Antonina, o trabalho de orientação da Mineropar impediu tragédia ainda maior. Geólogos da empresa inspecionaram alguns morros do município, entre eles o Laranjeira, na sexta-feira (11), e alertaram a Defesa Civil que os moradores deveriam deixar imediatamente as suas residências. A medida permitiu que várias pessoas saíssem dos locais de risco antes dos deslizamentos. Esse mesmo trabalho está orientando ações do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e das prefeituras na definição das áreas que apresentam riscos.
Todos os vereadores presentes à sessão plenária reconheceram que a iniciativa preventiva foi fundamental para evitar maior número de vítimas fatais. Conforme a Defesa Civil, o município mais atingido foi Morretes com 15.178 pessoas afetadas. Em Antonina foram 7.550; em Guaratuba, 1.590, e Paranaguá, 250, além de 4.000 em Honório Serpa. Quatro pessoas perderam a vida. Em Morretes e Antonina, foram decretados estados de calamidade pública e nos demais municípios, situação de emergência.
João do Suco reafirmou que a Casa não está omissa aos acontecimentos. "Desde a determinação do presidente João Cláudio Derosso (PSDB) e da iniciativa dos servidores e vereadores, muitos donativos já foram arrecadados." Junto com estas primeiras ações, a Casa também vai avaliar requerimento protocolado pelo vereador Algaci Tulio (PMDB), líder da oposição, para multiplicar as ações solidárias. A vereadora Professora Josete (PT) anunciou, também em plenário, que o seu partido abriu postos de arrecadação para materiais de limpeza, para serem enviados à região. "Estamos pedindo a colaboração de todos ", completou.
O líder da bancada tucana, Emerson Prado, também se pronunciou, agradecendo a intervenção dos órgãos que impediram número maior de vítimas. Celso Torquato (PSDB), primeiro-secretário da Casa, informou que nas regiões onde atua as famílias providenciaram cestas básicas.