Câmara recebe reivindicações da ACP e vai integrar comitê de crise
Vereadores Sabino Picolo e Bruno Pessuti e assessor Douglas Niekawa receberam os representantes da Associação Comercial do Paraná Camilo Turmina e Lourival Brasil. (Foto: Divulgação)
O presidente da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), Sabino Picolo (DEM), e o vereador Bruno Pessuti (Pode) receberam, nesta quinta-feira (4), a visita do presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Camilo Turmina, e do assessor executivo da presidência da ACP, Lourival Brasil. Na reunião, foram discutidas a flexibilização do comércio e a alteração de horários e lotação dos ônibus do sistema de transporte coletivo.
Sabino Picolo destacou que os vereadores são “os legítimos representantes do povo e é importante essa reunião, porque estamos ouvindo segmentos da sociedade e, assim, podemos colaborar para que se faça tudo da melhor maneira possível”. Ele defende que sejam encontradas soluções que tenham “cuidado com a saúde das pessoas nesse momento de pandemia” e que “levem em conta as atividades que geram emprego e renda para a população, tanto para os que trabalham quanto para os que empregam”.
Camilo Turmina ressaltou a importância da flexibilização do horário do comércio para o funcionamento com segurança de lojistas, funcionários e população em geral, o que, segundo ele, ajudará a controlar o problema na lotação do transporte coletivo. Turmina defendeu também que seja utilizado somente 40% da lotação dos ônibus, para que todos os passageiros fiquem sentados.
A ACP convidou a CMC para integrar o Comitê de Crise que trata de assuntos relacionados ao comércio e a pandemia. Sabino Picolo designou o vereador Bruno Pessuti como representante oficial da Câmara, podendo promover audiências e reuniões públicas sobre o tema.
Para Pessuti, “é preciso reabrir o comércio, mas com testes simultâneos da população para haver um controle da curva epidemiológica”. Ele ressaltou que é a favor da utilização de aplicativos de transporte para ajudar a diminuir a lotação do transporte coletivo e que “todo comércio é essencial para aquele empresário e para os colaboradores e suas famílias. O trabalho é essencial para a sobrevivência das pessoas, mas com toda segurança necessária”.
Reivindicações
Turmina ainda entregou a Picolo um ofício solicitando um projeto de lei, em regime de urgência, que regulamente o horário do comércio, das 10h às 17h, enquanto durar a pandemia. “As medidas de isolamento tomadas precocemente, o apoio do setor empresarial, que espontaneamente cerrou suas portas, e o comprometimento da população possibilitaram o achatamento da curva de contágio e de mortes causadas pela covid-19 em nossa cidade”, diz o texto.
“O comércio tem procurado cumprir com rigor tais normas, seguindo todos os procedimentos nos cuidados com seus funcionários e no tratamento dispensado aos consumidores, desde a observância de normas de higiene até a limitação da presença de pessoas no interior dos estabelecimentos. Essa entidade tem também comunicado com insistência a necessidade de o comércio cumprir a orientação de funcionamento em horário reduzido, como forma de desafogar o sistema de transporte público nos horários de pico”, continua.
A Associação Comercial do Paraná ainda informa que recebeu denúncias de que “observa-se acúmulo de passageiros em terminais e ônibus de Curitiba e Região Metropolitana” e conclui que “diante da inexistência de regramento legal para o horário de funcionamento o comércio, muito empresários acabam mantendo seus estabelecimentos aberto além do horário recomendado”.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba