Câmara recebe movimento pela redução dos salários dos vereadores

por Assessoria Comunicação publicado 24/08/2015 18h30, última modificação 01/10/2021 11h13

O presidente da Câmara Municipal, Ailton Araújo (PSC), o ex-presidente Paulo Salamuni (PV), Bruno Pessuti (PSC) e Professora Josete (PT) receberam, na sala de reuniões da Presidência, os organizadores do “grande ato pela redução salarial dos vereadores de Curitiba”. A reunião aconteceu na tarde desta segunda-feira (24) e, durante duas horas e meia, foram debatidos o papel do vereador e o trabalho que os parlamentares desempenham em Curitiba.

Ailton Araújo abriu a reunião explicando que a Câmara de Curitiba está sempre de portas abertas à população. “Só no primeiro semestre deste ano, o Legislativo promoveu 52 audiências públicas, seminários e oficinas temáticas. Se considerarmos que foram 26 semanas, chegamos à conclusão de que foram dois eventos por semana”, apontou. “Isso sem falar nas 100 reuniões de comissões permanentes e 61 sessões plenárias”, acrescentou.

Um dos organizadores, Luan de Rosa e Souza, disse que o objetivo do movimento é muito mais amplo do que a simples redução dos subsídios dos vereadores. “Queremos o engajamento, a participação popular nas decisões políticas. E vocês, reduzindo os salários, podem dar uma resposta aos eleitores”, sugeriu.

Para Salamuni, a redução dos salários não significa economia aos cofres públicos, uma vez que a receita do Legislativo é fixada pela Constituição Federal. “Em 2015, a Câmara poderia ter recebido R$ 155 milhões, mas optou por receber R$ 140 milhões, gerando economia de R$ 15 milhões, repassada ao Executivo”, lembrou. “Uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) cortou, recentemente, 15 mil cadeiras nos legislativos de todo o Brasil. Nem um centavo foi economizado, porque o repasse é constitucional. Então, o bolo que 20 comiam, passou a ser comido por 12. O que reduziu, na ponta da cadeia, foi a participação popular”, ponderou.

Outro membro do movimento, Thiago Regis, perguntou aos vereadores “para quanto topariam reduzir os salários?”. O questionamento não foi respondido porque “o assunto ainda não está em pauta”. “Não existe projeto que trata desse assunto tramitando na Câmara de Curitiba”, pontuou Professora Josete. Bruno Pessuti acrescentou: “Fui relator da CPI do Transporte Coletivo e não cedi a pressões. Sou filho de político e trabalho todos os dias para provar que sou capaz de trazer benefícios, de trabalhar em prol da população”.

Manifestação
Sobre a manifestação marcada para esta terça-feira (25), o presidente Ailton Araújo deixou claro que as galerias do Palácio Rio Branco comportam, no máximo, 100 pessoas (uma vez que o prédio foi construído no século XIX). Ficou acordado de que um dos organizadores do movimento fará uso da tribuna por dez minutos – tempo em que poderá expor os argumentos do movimento pela redução do subsídio dos vereadores. O manifesto foi organizado pelas redes sociais e tem a confirmação de quase 7 mil pessoas. Também participaram da reunião outros quatro organizadores.