Câmara recebe Fórum Paranaense da Verdade

por Assessoria Comunicação publicado 20/11/2012 17h30, última modificação 03/09/2021 11h46
Coordenadores do Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, Memória e Justiça foram recebidos no plenário da Câmara de Curitiba, na sessão desta terça-feira (20), para falar sobre as ações desenvolvidas pela entidade. O convite foi feito pelo líder do PT, vereador Pedro Paulo, que também é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa. Na opinião do parlamentar, se hoje o país vive uma democracia é porque em um período triste da história pessoas lutaram contra a ditadura. “Temos que resgatar a memória desses personagens. Afinal, quem foram os curitibanos, ou moradores da cidade, que sofreram com a repressão”, indagou.
Na tribuna da Casa, o jornalista Roberto Salomão fez um histórico sobre a criação do movimento, iniciado para dar suporte à Comissão Nacional da Verdade, criada por lei federal. “Somos uma organização independente e já no ato de fundação contávamos com apoio de 40 entidades. Inclusive neste processo foi criada a Comissão de Direitos Humanos aqui da Câmara”, relatou. Salomão explicou que a ideia é levar a discussão para todas as cidades-pólo do estado e falou sobre a criação do observatório de direitos humanos, uma instituição permanente que visa garantir a plenitude dos direitos dos cidadãos. Outro resultado positivo destacado pelo coordenador foi a criação de comissões da verdade na Universidade Federal do Paraná, Ordem dos Advogados do Brasil e também na Assembleia Legislativa da Paraná, todas com o objetivo de investigar casos em que pessoas tiveram seus direitos violados durante o período ditatorial, de 1964 a 1985.
Os vereadores receberam exemplares do livro Caminhos da Resistência, que registra os locais que foram palco de violações dos direitos humanos e da luta pela democracia. Segundo Salomão, o fórum busca uma parceria com a prefeitura e com a Câmara Municipal, para que sejam instalados marcos físicos, como placas ou monumentos, que marquem os locais históricos. “É uma questão educativa, inclusive para que os mais jovens relembrem esse período. Propomos também a mudança na denominação de bens ou espaços públicos que homenageiam pessoas ligadas à ditadura, para que sejam substituídas por nomes de personagens que aturam na defesa dos direitos civis”, concluiu. Para Professora Josete (PT), é fundamental que todos, especialmente os jovens, tenham conhecimento dos fatos, para que ditaduras não voltem a se repetir no Brasil. A parlamentar ressalta que, historicamente falando, a ditadura militar é um fato recente e que todos os meios necessários para consolidar e aperfeiçoar a democracia brasileira devem ser adotados.