Câmara recebe a visita do embaixador da Ucrânia no Brasil

por Assessoria Comunicação publicado 15/07/2014 12h15, última modificação 24/09/2021 10h41

A Câmara Municipal recebeu, nesta terça-feira (15), a visita do embaixador da Ucrânia no Brasil, Tronenko Rostyslav Volodymyrovych, e da cônsul ucraniana em Curitiba, Larysa Myronenko. Na oportunidade, ambos agradeceram a atitude do Legislativo ao aprovar uma moção de solidariedade para o país localizado na Europa Oriental, em 17 de março deste ano.

O requerimento (059.00001.2014) foi assinado pelos 38 vereadores da capital paranaense e pediu o pronto restabelecimento da soberania territorial da Ucrânia, que sofre uma crise político-militar e luta contra a Rússia, que ocupou a península da Criméia, no leste do país. De acordo com o embaixador, a atitude pode parecer pequena, mas é de extrema importância para a comunidade ucraniana.

“Meio milhão de brasileiros são de descendência ucraniana. Em Curitiba são cerca de 55 mil descendentes. É importante o gesto da Câmara e da cidade com a Ucrânia. A atitude dos vereadores parece simples, mas não tem preço. Temos que ser solidários. Não podemos fechar os olhos. Se fecharmos, quem vai olhar por nós?”, disse Rostyslav Tronenko.

Reunião dos Brics
A presença no Brasil do presidente russo, Vladimir Putin, nesta semana – por ocasião do encerramento da Copa do Mundo 2014 e da reunião dos Brics (grupo de cooperação internacional formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) – também foi abordada na reunião dos vereadores com representantes da comunidade ucraniana.

O presidente da Representação Central Ucraniano Brasileira, Vitorio Sorotiuk, entregou à Câmara de Curitiba uma carta na qual pede o posicionamento do governo brasileiro sobre a agressão da Rússia à Ucrânia. “A comunidade ucraniana não preconiza o afastamento do Brasil dos Brics. Ao contrário, somente o relacionamento internacional poderá trazer a Rússia à democracia e civilização”, diz o documento.

“O Brasil não pode ficar neutro diante da agressão. A comunidade ucraniana espera que o Brasil não assine documento algum que condene as sanções aplicadas aos russos pelas potenciais ocidentais”, solicita a carta, recebida pelos presidente da Câmara de Curitiba, Paulo Salamuni (PV), e pelo vereador Chico do Uberaba (PMN), um dos autores da moção de solidariedade ao povo ucraniano.

Segundo o embaixador ucraniano, como país democrático e que afirma na sua Constituição Federal o princípio da soberania, o Brasil “pode e deve escolher seus parceiros comerciais”. “Mas o Brasil precisa se lembrar de valores que não podem ser esquecidos, entre eles a liberdade. A presidente Dilma Rousseff não pode ser imparcial. É preciso respeitar a Carta das Nações”, complementou. A visita também contou com a presença de representantes de comunidades ucranianas da capital.