Câmara promove mais um módulo do programa para aposentadoria
Nesta quinta-feira (20), a Câmara Municipal de Curitiba deu continuidade ao Programa de Preparação para a Aposentadoria (PPA), voltado a funcionários que estão em vias de atingir esta condição. O programa é uma iniciativa conjunta da Diretoria de Administração e Recursos Humanos (DARH) e do setor de Medicina de Saúde Ocupacional. Foram duas palestras que abordaram questões pertinentes às eventuais limitações impostas pelo avanço etário e sobre as formas mais adequadas de lidar com tais situações. A primeira delas foi realizada pelo médico geriatra João Carlos Baracho, ex-secretário municipal da Saúde entre os anos de 1995 e 1998. Atualmente, ele é presidente da Associação Médica do Paraná.
Inicialmente, o geriatra surpreendeu a todos com a informação de que a medicina contemporânea está criando condições para que as pessoas consigam atingir idades cada vez mais avançadas. Segundo ele, num futuro não muito distante, aumentará o número de indivíduos dotados das condições necessárias para chegar (com saúde) a idades superiores a cem anos. Recentes avanços da indústria farmacêutica transformaram em realidade essa ideia que parece saída das páginas da ficção científica. Apesar disso, alertou, de nada adiantam tais milagres químicos se eles estiverem dissociados de cuidados preventivos que devem ser observados por todos.
Para Baracho, “a cultura oriental nos legou quatro orientações básicas que permitem a preservação do corpo e da mente: dieta rígida, atividade física, evitar conflitos e o cultivo da fé”. O ideal seria que todos pudessem buscar as condições ideais para atingir esses objetivos, mas o médico lembrou que a dinâmica da sociedade muitas vezes cria empecilhos e a maioria das pessoas se vê enredada por circunstâncias estressantes que determinam um quadro favorável ao surgimento de doenças de ordem mental e física, ou mesmo conjugadas.
“Somos constantemente estimulados a buscar uma condição de sucesso que, na maior parte dos casos, não passa de uma forma disfarçada de alavancar ao consumo”, declarou o geriatra. Isto faz com que as pessoas se tornem negligentes quanto à própria saúde e também desatentas no que diz respeito às relações familiares e sociais. “Vaidades e pressões no ambiente profissional e familiar são a receita ideal para que as pessoas se tornem vítimas do estresse. Com ele, a deterioração física se torna inevitável”, esclareceu Baracho.
Se o avanço da idade traz limitações de ordem física, também proporciona a possibilidade do indivíduo desfrutar dos benefícios pelos quais batalhou ao longo da vida. Cabe a ele estabelecer as condições propícias para que as condicionantes físicas não anulem seus potenciais. “Para tanto”, segundo o médico, “convém a prática de atividades físicas regulares, busca de diagnósticos precoces e uso orientado de medicações preventivas”. Tais cuidados, nas palavras de Baracho, tornam possíveis não só o controle de doenças crônicas como a prevenção de novos danos.
As chamadas “doenças típicas do homem moderno”, como diabetes, obesidade mórbida, insuficiência renal e colesterol alto, entre outras, muitas vezes decorrem de poucos cuidados com os hábitos. Além disso, o geriatra ressaltou que as recentes conquistas no campo das experiência genéticas são revolucionárias, e devem cada vez mais favorecer as pessoas que têm de lidar com as inevitáveis conseqüências do avanço da idade. Isso não descarta, de acordo com ele, a observância de cuidados físicos e mentais que podem tornar mais produtivo e agradável esse estágio da vida, cuja maior característica é o acúmulo das experiências. “Convém saber lidar com elas”, alertou.
Zelo
A segunda palestra foi proferida pela médica ginecologista Rejane Maria Ferlin, e teve como tema a sexualidade entre os que atingiram ou estão em vias de alcançar idades mais avançadas. Esclareceu a médica que “todos devemos ter consciência da nossa finitude. Ela é inerente à condição humana e, justamente em razão disso, cabe agir com zelo em relação a si próprio”.
Saber lidar com o declínio das atividades de natureza sexual é uma condição incontornável para que os anos não pesem de forma negativa nos indivíduos. Homens e mulheres passam, cada um a seu modo, pelo decréscimo na produção de hormônios. No caso das mulheres, fala-se em menopausa, momento que é marcado pelo fim da produção de óvulos. Os homens, por sua vez, não passam por um fato específico que determine esse momento, que, para eles, é conhecido como andropausa. A alteração se dá de modo gradual.
De qualquer modo, em ambos os casos, as alterações físicas implicam em mudanças de comportamento. “Diz-se que as mulheres passam pelo climatério, palavra de origem grega que significa crise. Por aí se percebe a dimensão que a mudança pode acarretar em todos os aspectos da vida de uma mulher”, esclareceu a médica.
Para ela, “a conservação da autoestima passa necessariamente pela busca do bem- estar pessoal, pela confiança em si mesmo e também pela consciência de que todos um dia chegaremos ao fim de nossas vidas. Saber equacionar essas percepções é a melhor forma de lidar bem com o envelhecimento”.
Inicialmente, o geriatra surpreendeu a todos com a informação de que a medicina contemporânea está criando condições para que as pessoas consigam atingir idades cada vez mais avançadas. Segundo ele, num futuro não muito distante, aumentará o número de indivíduos dotados das condições necessárias para chegar (com saúde) a idades superiores a cem anos. Recentes avanços da indústria farmacêutica transformaram em realidade essa ideia que parece saída das páginas da ficção científica. Apesar disso, alertou, de nada adiantam tais milagres químicos se eles estiverem dissociados de cuidados preventivos que devem ser observados por todos.
Para Baracho, “a cultura oriental nos legou quatro orientações básicas que permitem a preservação do corpo e da mente: dieta rígida, atividade física, evitar conflitos e o cultivo da fé”. O ideal seria que todos pudessem buscar as condições ideais para atingir esses objetivos, mas o médico lembrou que a dinâmica da sociedade muitas vezes cria empecilhos e a maioria das pessoas se vê enredada por circunstâncias estressantes que determinam um quadro favorável ao surgimento de doenças de ordem mental e física, ou mesmo conjugadas.
“Somos constantemente estimulados a buscar uma condição de sucesso que, na maior parte dos casos, não passa de uma forma disfarçada de alavancar ao consumo”, declarou o geriatra. Isto faz com que as pessoas se tornem negligentes quanto à própria saúde e também desatentas no que diz respeito às relações familiares e sociais. “Vaidades e pressões no ambiente profissional e familiar são a receita ideal para que as pessoas se tornem vítimas do estresse. Com ele, a deterioração física se torna inevitável”, esclareceu Baracho.
Se o avanço da idade traz limitações de ordem física, também proporciona a possibilidade do indivíduo desfrutar dos benefícios pelos quais batalhou ao longo da vida. Cabe a ele estabelecer as condições propícias para que as condicionantes físicas não anulem seus potenciais. “Para tanto”, segundo o médico, “convém a prática de atividades físicas regulares, busca de diagnósticos precoces e uso orientado de medicações preventivas”. Tais cuidados, nas palavras de Baracho, tornam possíveis não só o controle de doenças crônicas como a prevenção de novos danos.
As chamadas “doenças típicas do homem moderno”, como diabetes, obesidade mórbida, insuficiência renal e colesterol alto, entre outras, muitas vezes decorrem de poucos cuidados com os hábitos. Além disso, o geriatra ressaltou que as recentes conquistas no campo das experiência genéticas são revolucionárias, e devem cada vez mais favorecer as pessoas que têm de lidar com as inevitáveis conseqüências do avanço da idade. Isso não descarta, de acordo com ele, a observância de cuidados físicos e mentais que podem tornar mais produtivo e agradável esse estágio da vida, cuja maior característica é o acúmulo das experiências. “Convém saber lidar com elas”, alertou.
Zelo
A segunda palestra foi proferida pela médica ginecologista Rejane Maria Ferlin, e teve como tema a sexualidade entre os que atingiram ou estão em vias de alcançar idades mais avançadas. Esclareceu a médica que “todos devemos ter consciência da nossa finitude. Ela é inerente à condição humana e, justamente em razão disso, cabe agir com zelo em relação a si próprio”.
Saber lidar com o declínio das atividades de natureza sexual é uma condição incontornável para que os anos não pesem de forma negativa nos indivíduos. Homens e mulheres passam, cada um a seu modo, pelo decréscimo na produção de hormônios. No caso das mulheres, fala-se em menopausa, momento que é marcado pelo fim da produção de óvulos. Os homens, por sua vez, não passam por um fato específico que determine esse momento, que, para eles, é conhecido como andropausa. A alteração se dá de modo gradual.
De qualquer modo, em ambos os casos, as alterações físicas implicam em mudanças de comportamento. “Diz-se que as mulheres passam pelo climatério, palavra de origem grega que significa crise. Por aí se percebe a dimensão que a mudança pode acarretar em todos os aspectos da vida de uma mulher”, esclareceu a médica.
Para ela, “a conservação da autoestima passa necessariamente pela busca do bem- estar pessoal, pela confiança em si mesmo e também pela consciência de que todos um dia chegaremos ao fim de nossas vidas. Saber equacionar essas percepções é a melhor forma de lidar bem com o envelhecimento”.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba