Câmara poderá promover sessões externas

por Assessoria Comunicação publicado 29/04/2013 19h00, última modificação 15/09/2021 10h04
Os vereadores líderes de partidos na Câmara Municipal irão debater a possibilidade de a Casa realizar, periodicamente, sessões externas nos bairros de Curitiba. O anúncio foi feito pelo presidente do Legislativo, Paulo Salamuni (PV), na sessão desta segunda-feira (29), após os parlamentares discutirem, por mais de uma hora, maneiras de aproximar a população do trabalho desenvolvido no parlamento.

O tema foi abordado após a apresentação de um requerimento, de autoria dos vereadores Helio Wirbiski (PPS) e Bruno Pessuti (PSC), que solicitava a realização de “sessões externas itinerantes” nas Ruas da Cidadania, com periodicidade mensal. A solicitação foi retirada pelos autores após um consenso entre as bancadas de que é necessário aprimorar a proposta.

Para o líder do PPS, Helio Wirbiski, as sessões externas seriam uma forma de reverter o distanciamento que existe entre a sociedade e os vereadores. “Recentemente foi divulgada uma pesquisa que comprova o fato de muitas pessoas não saberem o que a Câmara faz. De acordo com o levantamento, 53% dos entrevistados desaprovam o nosso trabalho e 76% não sabem apontar algum trabalho realizado durante a nova gestão”.

Bruno Pessuti defendeu a ideia, pois também julga que a medida facilitaria uma aproximação da população. “É importante, para que as pessoas voltem a se envolver. O custo será sempre menor do que o gasto feito anteriormente, de maneira irregular, com ações de publicidade da Câmara”, argumentou.

Favorável à iniciativa, Paulo Salamuni ressaltou que descentralizar o Legislativo é uma de suas propostas como presidente. No entanto, ele alerta que o procedimento deve ser feito de maneira que as pessoas possam participar. “De nada adianta levarmos a sessão como ela é hoje, em respeito aos ritos formais, sem garantir um mecanismo de interação com os cidadãos”, ponderou.

Salamuni acredita que é necessário disponibilizar mais mecanismos de divulgação e diálogo com os curitibanos, inclusive de maneira virtual. “Temos a meta de implantar a TV Câmara, mas depende de procedimentos legais,  burocráticos e alto custo financeiro. Antes disso, porém, devemos iniciar nossa própria TV Online”, resumiu.

Na mesma linha de raciocínio opinou o vereador Pedro Paulo (PT), líder do prefeito na Casa. “Todos nós concordamos, mas questiono como será essa metodologia de participação? Precisamos desenvolver as ferramentas adequadas, para não frustrar as pessoas”, justificou o líder.

A criação da TV Câmara também foi acatada por Jonny Stica (PT) como uma possível solução para o assunto. O parlamentar, no entanto, apresentou ressalvas quanto às sessões externas. “Nós vamos receber uma demanda enorme, de coisas que não podemos resolver, pois só a prefeitura é quem pode. Lembrem-se que boa parte da população não entende as diferenças entre os poderes Executivo e Legislativo”, concluiu.

Jairo Marcelino (PSD), por sua vez, sugeriu que a Câmara disponibilize uma urna de sugestões em todas as Ruas da Cidadania e terminais de ônibus da cidade. “Seria uma ferramenta simples e de baixo custo para ouvir a população, receber ideias e sugestões”, disse.

Também se posicionaram favoráveis à ideia os vereadores Aldemir Manfron (PP), Tico Kuzma e Mauro Ignacio, do PSB, Jorge Bernardi (PDT), Mestre Pop e Carla Pimentel, do PSC, Valdemir Soares (PRB), Julieta Reis (DEM), Noemia Rocha (PMDB), Felipe Braga Côrtes e Professor Galdino, do PSDB.