Câmara participa da despedida a Margarita Sansone
Segundo estimativas da Guarda Municipal, cerca de 4 mil pessoas vieram se despedir da primeira-dama de Curitiba. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC).
Diversos vereadores e vereadoras da capital participaram da cerimônia de despedida da primeira-dama de Curitiba, Margarita Pericás Sansone, realizada no Salão Paranaguá do Memorial de Curitiba, nesta quarta-feira (21). O adeus a Margarita, que faleceu na terça (20), aos 79 anos de idade, após lutar contra um câncer, também foi acompanhado por mais de 4 mil pessoas, que vieram prestar suas últimas homenagens, além de várias autoridades civis e militares.
Já na tarde de ontem, em reconhecimento a Margarita, que deixa um vasto legado nas áreas social, cultural e jornalística, a Câmara Municipal de Curitiba decretou luto oficial de três dias e suspendeu todas as atividades nesta quarta. As bandeiras do município, do estado e do Brasil, localizadas em frente ao Palácio Rio Branco, sede histórica do Poder Legislativo, estão a meio mastro. O calendário de iluminações cênicas do Palácio também foi suspenso.
Em comunicado oficial, os vereadores integrantes da Mesa Diretora lamentaram o falecimento e prestaram condolências. “A Cidade de Curitiba perde uma de suas mais notáveis mulheres. Uma humanista, que sempre ofereceu um olhar de sensibilidade e respeito às pessoas, especialmente àquelas mais necessitadas. Ao Prefeito Rafael Greca, a toda sua família e amigos, desejamos que possam encontrar serenidade e paz neste momento tão doloroso”.
Pioneirismo em políticas públicas
Rafael Greca agradeceu a “presença maciça da população” na cerimônia de despedida, o que para ele demonstra o quanto sua esposa inspirava as pessoas. O prefeito também destacou o papel pioneiro de Margarita em diversas frentes, como na defesa dos direitos da mulher, tendo sido a responsável pela criação da Pousada de Maria, equipamento que permanece em funcionamento e acolhe institucionalmente mulheres vítimas de violência. Greca mencionou ainda ações de resgate social e de defesa e proteção das pessoas com aids, idosos, além da criação do primeiro restaurante social do Brasil a servir refeições por R$ 1.
O chefe do Poder Executivo adiantou que pretende constituir um fundo com o nome da esposa e, com isso, "fornecer muita segurança alimentar aos mais desvalidos". O lado artístico da primeira-dama foi outra característica exaltada. “Há também a Margarita que gostava da beleza e da arte, que achava que a beleza era também uma função urbana. Era uma mulher de alma curitibana, mas também romana. Uma alma antiga, que veio viver perto de mim. Ela foi não somente professora de história da arte, foi também mestre de vida e professora de humanidade", concluiu o prefeito.
Amiga de Margarita e colega de trabalho desde a época de criação da Fundação de Ação Social (FAS), a atual presidente da entidade, Maria Alice Erthal, lembrou da preocupação constante que a primeira-dama tinha com as pessoas mais vulneráveis e como ela colocava o coração nas políticas públicas. Perguntada sobre uma palavra que a faria lembrar da amiga, Maria Alice respondeu “amor”: “Ela tinha amor por tudo o que fazia, tudo o que ela fazia era com o coração”.
A missa de despedida foi realizada por Dom José Antonio Peruzzo, arcebispo metropolitano de Curitiba. O sepultamento, restrito aos familiares e amigos mais próximos, ocorreu no túmulo da família Bernardo Pericás Moya, no Cemitério Municipal São Francisco de Paula.
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