Câmara não deve aprovar CPI, diz líder
Se depender do líder do prefeito na Câmara Municipal, Mario Celso Cunha (PSB), não sairá nenhuma CPI com referência ao Comitê Independente do PRTB. Segundo ele, "não vamos aceitar provocações políticas e nem tentativas de se fazer disso um palanque político." O vereador argumenta que "já existe um processo em andamento no Ministério Público, que deverá esclarecer os fatos, mostrando os verdadeiros mentores desta grande armação."
Mario Celso lamenta o que chamou de "choro dos derrotados", quando os candidatos derrotados nas últimas eleições tentam atingir o prefeito Beto Richa, criando um clima de inveja, visando caracterizar o episódio como um caixa dois. O vereador responde aos ataques lembrando que, numa das edições do Fantástico em 2005, o próprio presidente Lula admitiu o uso de caixa dois em campanhas do PT, "inclusive afirmando que ‘o que o PT fez, do ponto de vista eleitoral, é feito no Brasil sistematicamente’, reconhecendo o uso desta prática que, nem de longe, se compara ao episódio do PRTB."
O líder do prefeito afirma que "todas as despesas de campanha foram declaradas, contabilizadas." Diz também que "não houve troca de favores e que o PRTB nunca foi oposição até a saída dos que não aceitaram a vinculação com o PTB. Mas, todos faziam parte da administração, com exceção de Mestre Déa, que foi nomeado depois, mas era vereador e tem vivência na área esportiva." O vereador lembra, ainda, que "os candidatos do PRTB desistiram da candidatura no dia 6 de agosto e somente no dia 28 de setembro as imagens foram gravadas, numa clara demonstração de premeditação."
Mario Celso também destaca que na campanha foram criados cerca de 15 comitês diretos ou independentes, com voluntários. "Como este, do PRTB, todos foram contabilizados na prestação de contas junto ao TRE. São mais de 16 páginas, onde tudo foi aprovado."
Quanto à colocação do PT no sentido de se criar uma CPI, o vereador diz que "o PT não tem credibilidade para falar de caixa dois, pois é só lembrar do Delúbio Soares e Marcos Valério, que confirmaram à Procuradoria Geral da República que as empresas DNA e SMPB foram usadas como caixa dois nas campanhas eleitorais do PT em todo o País e no também famoso caso do mensalão." "Aliás, quem não se lembra dos dólares na cueca, quando um assessor do irmão do petista Jose Genoíno, presidente do partido na época, foi preso com 100 mil dólares e 200 mil reais na cueca. E o escândalo dos doleiros, que culminou com a saída de Waldomiro Diniz da Casa Civil quando era assessor de José Dirceu. Ele foi flagrado em um vídeo negociando propina com empresários de loterias no Rio de Janeiro. Isto sim é fato motivador de investigação. Mas qual foi o resultado disto tudo?", indaga o vereador.
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