Câmara Municipal tem manifestações pró e contra Escola Sem Partido

por Assessoria Comunicação publicado 15/08/2017 12h45, última modificação 20/10/2021 06h53

Na manhã desta terça-feira (15), enquanto os vereadores de Curitiba debatiam o projeto Escola Sem Partido, grupos pró e contra à iniciativa manifestavam-se do lado de fora do Palácio Rio Branco. Os gritos de “Escola Sem Partido” eram seguidos da réplica “Escola Sem Censura”. Protocolada em julho, a proposição aguarda análise pelas comissões de Legislação, Serviço Público e Educação antes de ser votada pelos parlamentares (005.00275.2017).

Manifestações a favor da Escola Sem Partido estavam agendadas para essa data em todo o Brasil, por isso a atividade ocorreu, apesar de não estar na pauta do plenário. A notícia que haveria uma marcha favorável ao projeto em Curitiba, organizada pelo Movimento Brasil Livre (MBL), fez com que grupos contrários à proposição marcassem evento paralelo, organizado pelo CWB Resiste. Ambos decidiram usar o Legislativo como ponto final de concentração. O número de manifestantes aumentou durante a manhã, chegando a aproximadamente 100 pessoas, com equilíbrio entre o contingente de cada grupo.

De dentro do plenário, era possível ouvir os dois carros de som, próximos um do outro, usados para que cada lado da manifestação defendesse suas ideias. “Nem todo professor é comunista”, “aqui não é a Venezuela”, “Fora PT”, “Não se faz política em sala de aula”, “A escola educa, os pais ensinam”, “Os jovens não são massa de manobra” eram as frases usadas por quem apoia o projeto. “Durante muito tempo vocês não tiveram contraponto, mas o Brasil acordou”, foi dito, em referência aos grupos contra a iniciativa.

“Fascistas não passarão”, “MBL lixo”, “Educação não é mercadoria”, “Escola Sem Partido é a doutrina dos que já mandam no país”, “Inconstitucional”, “Falar de Diversidade não é crime”, “Sociedade com pensamento crítico”, “Fora Temer” eram ditos em resposta. Os manifestantes de ambos os grupos revezavam-se no microfone, sobrepondo suas demandas e aumentando o volume das caixas de som. A manifestação continuou mesmo após o fim da sessão plenária.

A Polícia Militar e a Guarda Municipal acompanharam as manifestações. Não há informações sobre ocorrências registradas.