A Frente Parlamentar em HIV/Aids da Câmara Municipal de Curitiba foi lançada nesta segunda-feira (21), com a presença de representantes de diversos segmentos da sociedade, autoridades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, além de deputados federais, estaduais e vereadores. O evento, realizado durante todo o dia, lotou o auditório do Anexo II e teve, na mesa diretora dos trabalhos, o presidente da Casa, vereador João Cláudio Derosso (PSDB); o secretário municipal da Saúde, Michele Caputo Neto; deputado estadual Luciano Ducci; deputada federal Clair Martins, da Frente Parlamentar em HIV/Aids do Congresso Nacional; deputado estadual Wilson Vieira, de Santa Catarina. E, ainda, Maria Aparecida Gugel, sub-procuradora geral do Ministério Público do Trabalho e do Conselho Nacional de Combate à Discriminação, representando o Ministério Especial dos Direitos Humanos; Maria Goretti Davi Lopes, do Conselho Nacional de Saúde; Alessandra Nilo, do programa conjunto com as Nações Unidas sobre HIV/Aids – Unaids, e Elvio Bornhausen, do Fórum Catarinense de Ong/Aids.
Segundo Megumi Tokudome, presidente do Fórum Paranaense de Ongs de combate à aids, o objetivo do encontro foi tornar o Legislativo curitibano, o primeiro do País a instalar a frente parlamentar, parceiro na luta contra a epidemia da aids. “A partir da aprovação de leis que possibilitem a regulamentação das políticas públicas, teremos sinais positivos para mudar o cenário do contágio da doença, considerada o grande mal da humanidade”, afirmou. Para Elvio Bornhausen, Curitiba sai na frente mais uma vez e “isso é muito significativo porque a Região Sul lidera o ranking de pessoas infectadas pelo vírus HIV. Daí a importância do engajamento nesta luta”.
Curitiba na frente
O vereador João Cláudio Derosso salientou que, como presidente do Legislativo, se sente orgulhoso, uma vez que todos os vereadores aprovaram a criação desta Frente Parlamentar. “Curitiba volta a sair na frente, assim como no transporte coletivo, também na qualidade de vida das pessoas. E nós, como vereadores, estamos atendendo diversos pedidos ligados à área. Somos todos brasileiros, mas é nos municípios que as coisas acontecem, por isso a importância da Câmara na apresentação leis que ajudem na criação e regulamentação de políticas públicas”, afirmou.
Derosso disse, ainda, que esse tipo de encontro é muito importante para a troca de informações e discussão da forma mais rápida e segura de evitar que mais pessoas continuem sendo contaminadas pelo vírus da aids. “E este fórum mostrará como será feita a abordagem para resolver o problema”, finalizou.
Brasil sem homofobia
Durante o evento também foi lançado o Programa de Combate à Violência e à Discriminação contra GLTB (gays, lésbicas, transgêneros e bissexuais), pela sub-procuradora do Ministério Público do Trabalho, Maria Aparecida Gugel. Segundo a sub-procuradora, que apresentou o Programa Brasil sem Homofobia, do governo federal, a sociedade organizada tem a competência de exigir do Executivo a criação de conselhos de direitos, para dar visibilidade na questão dos homossexuais, na orientação sexual e no acesso à saúde e ao trabalho. “Enfim, garantir o respeito ao ser humano, na sua dignidade e integridade de vida”, concluiu.
A coordenação dos trabalhos ficou a cargo do presidente do Grupo Dignidade, Toni Reis.