Câmara lança Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras
A Câmara Municipal de Curitiba lançou, em audiência pública realizada nesta quinta-feira (10), a Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras. De iniciativa da Professora Josete (PT), o documento já teve a adesão de Jonny Stica e Pedro Paulo, ambos do PT, Helio Wirbiski (PPS) e Paulo Salamuni (PV). O protocolo será na próxima semana, quando for coletado o número mínimo de nove assinaturas – conforme a regulamentação do ato 3/2013, da Mesa Diretora -, e também será elaborada uma carta pública de apoio à empresa, assinada pelas entidades que participaram do evento.
Segundo a Professora Josete, o presidente da Casa, Ailton Araújo (PSC), e os vereadores Cacá Pereira (PSDC), Geovane Fernandes (PTB), Jorge Bernardi e Tito Zeglin, ambos do PDT, já sinalizaram que vão integrar a Frente Parlamentar. “Para mim, o que melhor traduz a defesa da Petrobras é a defesa da soberania nacional. A empresa é um patrimônio de inestimável valor econômico e social ao povo brasileiro”, avaliou.
“É do combustível que dependemos, até para a energia elétrica. A Petrobras não pode ser de grupos, tem que ser do povo”, disse Ailton Araújo, na abertura da audiência pública. “Esta Casa tem o dever de proteger o patrimônio do povo. Falo também em nome do prefeito Gustavo Fruet”, completou o líder da maioria, Paulo Salamuni. “Nas últimas décadas o povo venceu algumas batalhas, como a partilha do pré-sal, que agora está em risco”, acrescentou Pedro Paulo.
Presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina, Mário Dal Zot associou o endividamento da empresa ao investimento tecnológico para a exploração do pré-sal e à queda do preço do barril de petróleo. “Ninguém no mundo tem essa tecnologia, de atravessar a camada do pré-sal”, afirmou. Para ele, o plano de desinvestimento da Petrobras, em 2015 e 2016, “abre brecha para o oportunismo”. “Temos abutres de olho. Tentam diminuí-la para comprá-la”, declarou, durante apelo para que não haja o “sucateamento” das atividades. “O que dá lucro à Petrobras é ser uma empresa integrada, do poço ao posto. O mercado não aceita, quer tudo fatiado.”
“A exploração [do pré-sal] já atingiu 1 milhão de barris por dia e agora que a Petrobras está próxima de obter lucros querem retirar dela a operação única. Isso vai impactar na distribuição dos recursos para a saúde e a educação”, declarou Dal Zot, sobre o projeto de lei 131/2015, do senador José Serra (PSDB-SP). “O combate à corrupção sempre foi pauta dos trabalhadores e torcemos para que todos os culpados sejam punidos, seja quem for. E, principalmente, que devolvam os valores desviados dos cofres da companhia. Parece que a operação [Lava-Jato] foi orquestrada, para atingir a Petrobras. Começou para se investigar lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e não vimos nenhum traficante preso”, argumentou.
Coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas do Estado do Paraná (Sindiquímica-PR) e diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Gerson Castellano defendeu que “a Petrobras 100% estatal é fundamental para as gerações futuras”. “A empresa e seus trabalhadores, assim como o Brasil, são vítimas do que estamos vendo hoje na mídia. Quem for julgado culpado, que pague. E que o dinheiro desviado retorne. 40% dos últimos conflitos mundiais se deram por conta do petróleo. Países são invadidos e governos, depostos”, apontou.
Propositor da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras no Paraná, criada em julho na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Tadeu Veneri (PT) disse que a ideia é levar o debate a municípios do interior do estado. O presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, destacou a destinação de recursos do pré-sal para a saúde e a educação. “Enfrentar a corrupção estrutural do nosso país é uma tarefa de todos nós”, acrescentou.
A audiência pública também foi acompanhada por estudantes e representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), da Marcha Mundial das Mulheres, da União Paranaense dos Estudantes (UPE), do Brasil de Fato, do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária (Sismmar) e do Conselho Municipal de Saúde, entre outras entidades e movimentos sociais.
Confira mais fotos da atividade no Flickr da Câmara Municipal de Curitiba.
Segundo a Professora Josete, o presidente da Casa, Ailton Araújo (PSC), e os vereadores Cacá Pereira (PSDC), Geovane Fernandes (PTB), Jorge Bernardi e Tito Zeglin, ambos do PDT, já sinalizaram que vão integrar a Frente Parlamentar. “Para mim, o que melhor traduz a defesa da Petrobras é a defesa da soberania nacional. A empresa é um patrimônio de inestimável valor econômico e social ao povo brasileiro”, avaliou.
“É do combustível que dependemos, até para a energia elétrica. A Petrobras não pode ser de grupos, tem que ser do povo”, disse Ailton Araújo, na abertura da audiência pública. “Esta Casa tem o dever de proteger o patrimônio do povo. Falo também em nome do prefeito Gustavo Fruet”, completou o líder da maioria, Paulo Salamuni. “Nas últimas décadas o povo venceu algumas batalhas, como a partilha do pré-sal, que agora está em risco”, acrescentou Pedro Paulo.
Presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina, Mário Dal Zot associou o endividamento da empresa ao investimento tecnológico para a exploração do pré-sal e à queda do preço do barril de petróleo. “Ninguém no mundo tem essa tecnologia, de atravessar a camada do pré-sal”, afirmou. Para ele, o plano de desinvestimento da Petrobras, em 2015 e 2016, “abre brecha para o oportunismo”. “Temos abutres de olho. Tentam diminuí-la para comprá-la”, declarou, durante apelo para que não haja o “sucateamento” das atividades. “O que dá lucro à Petrobras é ser uma empresa integrada, do poço ao posto. O mercado não aceita, quer tudo fatiado.”
“A exploração [do pré-sal] já atingiu 1 milhão de barris por dia e agora que a Petrobras está próxima de obter lucros querem retirar dela a operação única. Isso vai impactar na distribuição dos recursos para a saúde e a educação”, declarou Dal Zot, sobre o projeto de lei 131/2015, do senador José Serra (PSDB-SP). “O combate à corrupção sempre foi pauta dos trabalhadores e torcemos para que todos os culpados sejam punidos, seja quem for. E, principalmente, que devolvam os valores desviados dos cofres da companhia. Parece que a operação [Lava-Jato] foi orquestrada, para atingir a Petrobras. Começou para se investigar lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e não vimos nenhum traficante preso”, argumentou.
Coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas do Estado do Paraná (Sindiquímica-PR) e diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Gerson Castellano defendeu que “a Petrobras 100% estatal é fundamental para as gerações futuras”. “A empresa e seus trabalhadores, assim como o Brasil, são vítimas do que estamos vendo hoje na mídia. Quem for julgado culpado, que pague. E que o dinheiro desviado retorne. 40% dos últimos conflitos mundiais se deram por conta do petróleo. Países são invadidos e governos, depostos”, apontou.
Propositor da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras no Paraná, criada em julho na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Tadeu Veneri (PT) disse que a ideia é levar o debate a municípios do interior do estado. O presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, destacou a destinação de recursos do pré-sal para a saúde e a educação. “Enfrentar a corrupção estrutural do nosso país é uma tarefa de todos nós”, acrescentou.
A audiência pública também foi acompanhada por estudantes e representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), da Marcha Mundial das Mulheres, da União Paranaense dos Estudantes (UPE), do Brasil de Fato, do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária (Sismmar) e do Conselho Municipal de Saúde, entre outras entidades e movimentos sociais.
Confira mais fotos da atividade no Flickr da Câmara Municipal de Curitiba.
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