Nesta terça-feira (11), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) prestou homenagem aos vereadores que participaram da 11ª legislatura, em 1993, quando ocorreu a passagem dos 300 anos da fundação de Curitiba. A mesa foi composta pelo propositor da cerimônia, Tito Zeglin (PDT); Rafael Greca, prefeito de Curitiba e também prefeito no ano de 1993; Eduardo Pimentel, vice-prefeito; Mario Celso Cunha, ex-vereador e presidente da CMC em 1993; Íris Simões, ex-presidente da Câmara entre 1995 e 1996; João Cláudio Derosso, presidente da Câmara entre 1997 e 2012; Paulo Salamuni, presidente da Câmara entre 2013 e 2014; Jorge Bernardi, presidente da Câmara entre 1989 e 1990; Ailton Araújo, presidente da Câmara entre 2015 e 2016; e o atual vereador Mauro Bobato (Pode).

Além dos integrantes da mesa, também estavam presentes os vereadores: Tico Kuzma (PSD), líder do governo e ex-presidente da Casa; Rodrigo Reis (União); Oscalino do Povo (PP); Jornalista Márcio Barros (PSD); e Beto Moraes (PSD). A cerimônia ainda teve a presença das ex-vereadoras Maria Manfron e Julieta Reis; do inspetor Carlos Celso, superintendente da Guarda Municipal; e de Paulo Ribas, vice-presidente da Associação dos Procuradores do Município de Curitiba (APMC).

Saudação oficial
Mário Celso Cunha, ex-vereador que presidiu a Câmara durante a celebração dos 300 anos de Curitiba em 1993, pronunciou a saudação oficial aos homenageados. Ele lembrou que, na fundação da cidade, em 1693, Curitiba contava com três vereadores: Garcia Velho, Antônio Cavalheiro e José Quevedo. A Câmara foi criada por iniciativa do capitão-mor povoador Mateus Leme e, em 1721, o ouvidor Raphael Pires Pardinho alterou o nome da então Vila Nossa Senhora da Luz dos Pinhais para Curitiba. “Em 1892, neste prédio, funcionava a Assembleia, e a Câmara se localizava num prédio na praça Tiradentes, destruído por um incêndio em 1897. Em 1908, a sede da Câmara era na rua Cruz Machado e, em 1916, foi inaugurado o Paço Municipal, na praça Generoso Marques”, explicou o ex-vereador.

Ainda segundo ele, “a data de fundação da cidade foi determinada pelo historiador Romário Martins em 1906, quando exerceu a presidência da Câmara”. Mário Celso Cunha recordou que o presidente da Comissão dos 300 anos foi o vereador Marcelo Almeida e, naquela oportunidade, foi confeccionado um livro com os 300 anos de história da Casa. O ex-vereador destacou que a 11ª legislatura foi de 1993 a 1996, época em que Roberto Requião era o governador do Estado e o prefeito era o mesmo da atualidade, Rafael Greca, e tinha como vice, José Gomes de Carvalho, o “Carvalhinho”. Cunha listou ainda os vereadores daquela legislatura, e todos que estavam presentes receberam suas homenagens.

“Semper ad excelsa”
“Quero dizer da minha grande alegria como prefeito de estar vivendo este momento de celebração e também por poder homenagear os vereadores que já se foram. Quanto a nós, ganhamos em sabedoria, em experiência política e história de vida. Carregamos sofrimentos, mas também carregamos o sabor das nossas glórias e realizações”, disse o prefeito Rafael Greca, que era prefeito por ocasião das comemorações dos 300 anos da cidade, em 1993. Ele destacou algumas ações da gestão dos 300 anos, como, por exemplo, a iluminação dos Faróis do Saber, o trabalho social da primeira-dama, Margarita Sansone, que criou a Fundação de Ação Social de Curitiba (FAS) e a Pousada de Maria, destinada a mulheres vítimas de violência e que prenunciou a Lei Maria da Penha.

“Além disso”, disse o prefeito, “fizemos o primeiro restaurante de um real sob o viaduto do Capanema, que deu origem aos restaurantes populares. Hoje temos seis restaurantes que servem cerca de sete mil refeições por dia pelo valor de seis reais”. De acordo com Greca, houve uma continuidade do trabalho desenvolvido pelos Armazéns da Família, que foram iniciativas do então vereador Jorge Samek, ainda na gestão de Roberto Requião como prefeito. “Esses armazéns são o apanágio da justiça social em Curitiba”, afirmou o prefeito. Ele também lembrou da criação do programa Curitiba Vale a Vida, que, posteriormente, foi renomeado pelo prefeito Cássio Taniguchi para Mãe Curitibana. Para Greca, a passagem do tempo é ilusória. “Eu diria que o tempo é a sucessão dos dias e das noites e, se acreditamos que somos o bem que fazemos, temos que pensar que o tempo na dimensão cósmica não existe. Existe só o bem que nós realizamos”, disse o prefeito de Curitiba.

Da atual gestão, Greca mencionou que 1 milhão de refeições foram servidas nas Mesas Solidárias; houve o replantio de 330 mil árvores e a inauguração da Pirâmide Solar do Caximba, que gera energia sustentável para edifícios públicos da capital. “Nossa cidade é um paradigma, um endereço de luz”, disse o prefeito. “Recentemente fizemos um memorial paranista. Haverá também um livro sobre o Paranismo, que trará o ideário de Romário Martins, de amarmos nossa terra, olharmos para os pinheiros e lembrarmos do brasão da nossa terra. No brasão está escrito: ‘semper ad excelsa’, que, em latim, significa ‘cada vez mais para o alto’. E quando olhamos para um pinheiro, é o símbolo da beleza e da grandeza da grande terra do Paraná. Temos que olhar para o alto”.

Homenageados
Na lista de homenageados estava Ailton Araújo; Aldemir Manfron; Geraldo Bobato, representado por seu filho, o vereador Mauro Bobato; Borges dos Reis; Celso Torquato; César Seleme; Íris Simões; João Cláudio Derosso; Jairo Marcelino, representado pela viúva Vilma; Fabiano Braga Côrtes, representado pela filha Manoela; José Gorski; Jorge Bernardi; Jorge Samek; José Aparecido Alves, o Jotapê; Marcelo Almeida; Mauro Moraes, representado pelo vereador Beto Moraes; Paulo Salamuni; Marcos Valente Isfer; José Roberto Sandoval; Rosa Maria Chiamulera; Custódio da Silva e Tito Zeglin, atual vice-presidente da Câmara.

Também compunham a 11 ª legislatura: o também atual vereador Angelo Vanhoni (PT), além de Natálio Stica, Osmar Bertoldi, Geraldo Yamada, Dino Almeida Junior, Luis Ernesto, Paulino Pastre, Paulo Henrique Azzolini, Horácio Rodrigues, Jair Cézar e Nely Almeida.