Câmara homenageia trabalho da Força Expedicionária

por Assessoria Comunicação publicado 29/03/2017 15h05, última modificação 15/10/2021 08h33

“O sangue verde oliva ainda corre vigorosamente em minhas veias”, disse o vereador Professor Euler (PSD) na sessão plenária desta quarta-feira (29), durante a tribuna livre proposta por ele para homenagear os ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira, que lutaram pelo país na 2ª Guerra Mundial. O parlamentar, que serviu ao Exército, falou da sua admiração sobre os então jovens que foram afastados de suas famílias e levados ao combate.

“Apesar do ambiente adverso, do inimigo aguerrido, do terreno desconhecido e do clima severo, inclusive com neve, os combatentes brasileiros se mostraram mais resistentes, bravos, astutos e preparados que quaisquer outros do mundo”, destacou Professor Euler.

Ele também falou da situação do Museu do Expedicionário, em Curitiba, e relatou que apesar do rico acervo, a instituição carece de recursos para manutenção do espaço. “Por isso, vou apresentar um projeto para que a Legião Paranaense do Expedicionário seja declarada de utilidade pública, para que receba emendas necessárias para que os trabalhos de catalogação de documentos e disponibilização em meios digitais possa ser agilizado e concluído”, afirmou o vereador.

O coronel reformado Claudinei Roncolatto falou da atuação do Exército Brasileiro na 2ª Guerra Mundial e do esforço dos pracinhas, após o fim dos conflitos, para a construção e manutenção do Museu do Expedicionário, em Curitiba. "O Museu do Expedicionário não é um legado apenas para os familiares e para o Exército, mas um patrimônio do povo paranaense."

Indagado por Noemia Rocha (PMDB) sobre como foi o tratamento dado pelo Estado aos pracinhas vindos da guerra, Roncolatto lamentou a falta de valorização dos ex-combatentes. “Talvez porque a guerra não tenha sido aqui dentro do país. Em outros países, o apoio aos militares é muito intenso. Na Itália, por exemplo, havia espaços nos ônibus destinados aos soldados”, contou. Ele também atribui isso ao regime de ditadura militar, no primeiro governo de Getúlio Vargas. “A Força Expedicionária Brasileira foi dissolvida ainda no navio. Foram dispersados para que não lutassem contra o governo de Vargas”, comentou.

A ação do Exército foi destacada pelo vereador Felipe Braga Côrtes (PSD). “Temos acompanhado recentemente ações com a comunidade, nas praças, com trabalhos sociais. Infelizmente, por questões políticas do passado recente, em nível nacional, tivemos aqui em Curitiba uma iniciativa para retirar os nomes de ruas em homenagem a militares, mas conseguimos evitar. O Exército é uma referência”, comentou.

Também se manifestaram durante a tribuna livre Cristiano Santos (PV), Ezequias Barros (PRP), Julieta Reis (DEM), Pier Petruzziello (PTB), Tito Zeglin (PDT) e Zezinho Sabará (PDT). Além de ex-pracinhas e familiares, esteve presente ainda o tenente-coronel Cristiano Rocha Affonso da Costa.