Câmara homenageia samba de Curitiba

por Assessoria Comunicação publicado 03/12/2018 17h50, última modificação 03/11/2021 09h01

Em comemoração ao Dia Nacional do Samba (2/12), a Câmara promoveu uma solenidade para homenagear músicos na tarde desta segunda-feira (3). A iniciativa partiu do vereador Professor Euler (PSD), que ressaltou a importância histórica do ritmo na cultura brasileira e local. “Muita gente acha que Curitiba não tem samba, as muito pelo contrário, Curitiba é multiétnica e o samba faz parte disso. Talvez seja a primeira vez que esteja acontecendo um evento como este aqui e algumas pessoas podem estranhar. A Câmara é uma casa obviamente séria, mas não precisa ser sisuda, a casa do povo tem que ser ocupada pelo povo, reconhecer o empenho, talento e esforço daquelas pessoas que mantêm vivo o samba em Curitiba”.

Confira todas as fotos no flickr da Câmara.

O parlamentar fez uma retrospectiva da trajetória do samba no Brasil. “Os primórdios datam da época do Brasil Colônia, com a chegada da mão de obra escrava no país”, lembrou. “O primeiro samba gravado no Brasil (e consequentemente no mundo) foi "Pelo Telefone", em janeiro de 1917, cantado por Baiano. A letra foi uma composição coletiva com a participação de João da Baiana, Pixinguinha, Donga e outros músicos que frequentavam a casa da Tia Ciata, no Rio de Janeiro. Donga havia registrado, na Biblioteca Nacional do Brasil, a letra deste samba em 27 de novembro de 1916.”

José Roberto Lança, diretor de Ação Cultural da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), agradeceu aos vereadores que apoiam o carnaval. “Isso facilita o nosso trabalho principalmente porque reconhece, a despeito do que escutamos ao longo do ano, a importância do samba, do carnaval, do carnaval de rua, do pré-carnaval.”

“O samba é patrimonio mundial imaterial, aqui estão representados hoje o samba tradicional, de roda, de escolas de samba… é simbólico quando a gente reverencia a expressão maior da nossa música popular brasileira, da nossa gente afro, da nossa gente brasileira”, emendou Isidoro Diniz, da Secretaria de Cultura do Estado. Da mesma forma falou o maestro João Egashira, diretor da Orquestra À Base de Corda da Oficina de Música de Curitiba. “O samba representado aqui em Curitiba tem intérpretes maravilhosos e um movimento importante de composição, o Samba do Compositor Paranaense, que tem revelado belíssimos compositores.”

O presidente das Escolas de Samba de Curitiba, Jefferson Pires, elogiou o apoio que vem recebendo do Município. “De algum tempo para cá a Fundação Cultural está tendo um cuidado diferente com a cultura e estamos sempre em reunião, discutindo. A gente quer buscar mais, mas o que tem chegado pra nós a gente já está reconhecendo.” Mãe Orminda, considerada a “dama do samba curitibano”, agradeceu a homenagem.  

Receberam votos de congratulações e aplausos o sambista Lápis, Seu Nilo Santos (da casa Nilo Samba e Choro), o Grupo Jeito a Mais, a cantora Ivete Corrêa, Márcio Rodrigues, Everly Leonardo, Dona Jura do Petit Fubá, Amanda Côrtes, Fabian Vidal, Ciro Moraes, Grupo Contradição, Wilson Paulino do Armazém da Vila, Mãe Orminda, Maé da Cuíca, Fábio Silva, Julião Boêmio, Henrique Negreths, Maria do Quintal da Maria, Liga das Escolas de Samba, Rogério Moraes e Gogó de Ouro.