“Foi discutido com a empresa que executa as obras de acessibilidade na Câmara de Curitiba de elas estarem concluídas até o final de abril”, adiantou Everton Beckert, diretor do DPSA (Diretoria de Patrimônio e Serviços Auxiliares). O Legislativo recebeu nesta quinta-feira (16) os projetos executivos das novas plataformas elevatórias – semelhantes àquelas usadas nas estações-tubo – que serão instaladas para conectar o pátio interno aos Anexos I e II. Com isso, um cadeirante poderá acessar o Legislativo pela entrada da avenida Visconde de Guarapuava e chegar até o plenário.

A ordem de serviço com a PAQT Engenharia, para execução das obras de acessibilidade, foi assinada em novembro do ano passado (pregão eletrônico 20/2016), mas os projetos técnicos passaram por revisão. “No acesso ao Anexo I, a inclinação estava em desacordo com as normas nacionais, e precisou ser adequada, gerando aquele desenho em "U". O projeto foi refeito. Daí o atraso”, explicou Beckert. “Com a conclusão, vamos reservar vagas de estacionamento ali para pessoas com deficiência, permitindo que elas acessem as salas das comissões”, disse o diretor do DPSA.

Em relação à rampa que dava acesso ao pátio interno do Anexo II, Beckert disse que foi preciso alterar o local originalmente previsto para a plataforma elevatória, “pois ele tomaria uma vaga do estacionamento”. No ajuste, a estrutura foi movida para uma área livre, “mas isso exigiu o nivelamento do piso, daí a mudança de rampa para escadaria naquele ponto”. A PAQT informou que, caso as obras não estejam prontas até o dia 11 de abril, pedirá prorrogação de 45 dias. “De qualquer forma, foi conversado com a empresa de terminar as obras físicas e a instalação das plataformas até o fim do mês que vem”, estipulou.

Segundo o presidente Serginho do Posto (PSDB), que assumiu o cargo em janeiro deste ano, as obras de acessibilidade começaram a ser discutidas na Câmara em 2014, ano em que foi criada uma comissão temática no Legislativo para tratar dos projetos de lei relacionados ao assunto (leia mais).

“O trabalho para adequar nossas instalações a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida começou na gestão anterior, na presidência de Ailton Araújo. Mas também foi uma preocupação da Comissão de Acessibilidade, que fez um levantamento sobre as necessidades específicas dos cadeirantes, por exemplo”, disse. “Estamos executando o contrato que havia sido celebrado no ano passado”, complementou.

A licitação foi aberta em outubro de 2016, prevendo despesa de até R$ 270 mil para essas adaptações internas. Seis empresas disputaram o serviço, vencido pela PAQT, com um lance de R$ 201,8 mil, sendo 25,36% mais barato que o teto do edital (leia mais).